A partir desta segunda-feira (28), os espaços de estudo da Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília (UnB) também poderão ser utilizados pelo público externo. Até então, o uso estava restrito à comunidade acadêmica, mediante agendamento prévio. Agora não será mais necessário reservar um lugar.
Nesta etapa serão liberados mais salões de estudo, o que vai possibilitar o aumento da capacidade de atendimento da BCE. Os espaços disponibilizados são ventilados, seguem o distanciamento mínimo e estão apropriados para o uso seguro, com cerca de mil assentos, 46 mesas e 105 baias individuais, o que representa aproximadamente 50% da capacidade total da BCE.
De acordo com as novas regras, o acesso ocorrerá por ordem de chegada e a limitação máxima será de acordo com os assentos disponíveis. O uso de máscaras é obrigatório no prédio da BCE (que não fornece o equipamento de proteção ao público), assim como a apresentação do comprovante de vacinação completa contra a covid-19.
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“A BCE é um dos grandes pontos de interação da UnB com a sociedade em geral. A reabertura é uma sinalização do compromisso da Universidade com a comunidade do Distrito Federal. Somos uma biblioteca historicamente integrada com a cidade e que oferece serviços ao público em geral”, destaca o diretor da biblioteca, Fernando Leite.
A partir de segunda-feira (28), os membros da comunidade acadêmica também poderão utilizar os laboratórios de acesso digital sem necessidade agendamento prévio. Além disso, para este público as cabines de estudo estão disponíveis para empréstimo.
Apesar da liberação de novos salões de estudo e abertura para o público externo, o horário de funcionamento da biblioteca permanece: dias úteis, das 7h às 23h45. “Os próximos passos de abertura total da BCE, que ocorrerão muito em breve, são o funcionamento aos sábados, domingos e feriados e a retomada do funcionamento 24 horas”, garante Fernando Leite.
PANDEMIA – As atividades presenciais na BCE foram suspensas no dia 13 de março de 2020, em razão da pandemia de covid-19. Antes da crise sanitária mundial, a biblioteca recebia diariamente um fluxo médio de 3.700 pessoas.
Em dezembro de 2021, a BCE reabriu alguns salões de estudo para a comunidade acadêmica. A estudante de Engenharia Mecânica, Letícia Gomes, 23 anos, voltou a utilizar os serviços da biblioteca e conta que sentiu falta de ter um espaço para estudar durante a pandemia.
“Enquanto estava com aulas a distância eu senti falta. Até agora eu estou fazendo disciplinas on-line, mas eu estou vindo aqui para estudar.” Com a proximidade do fim do semestre, ela acredita que a BCE será mais procurada, mas avalia que as medidas de segurança são adequadas.
“Estou me sentindo bastante segura, vejo que todos estão usando máscara e está tendo espaçamento entre as mesas”, observa a estudante.
Professor do Instituto Federal de Brasília e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Pedro Couto voltou à BCE pela primeira vez desde o início da pandemia na última terça-feira (22).
“Sou professor e acho que as bibliotecas representam um laço comunitário fundamental, porque os estudantes vêm pegar livros, usar o computador, usar a internet, os professores também, tem as obras raras para quem faz pesquisas com elas, tem os outros espaços multimeios. Então a biblioteca é um órgão fundamental”, considera o docente.
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