INOVAÇÃO

Soluções foram apresentadas em hackathon realizado pelo Instituto de Letras e o Parque Científico e Tecnológico da UnB

Organizada virtualmente, competição estimulou a criatividade de graduandos e pós-graduandos no desenvolvimento de ferramentas para facilitar a vida de grupos sociais com demandas linguísticas específicas. Imagem: Reprodução/PCTec

 

Desenvolver soluções para possibilitar o enfrentamento às barreiras comunicacionais linguísticas para imigrantes, indígenas e surdos na resolução de demandas cotidianas e no acesso às políticas públicas neste contexto de pandemia. Este foi o desafio encarado por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília e de outras instituições que participaram de hackathon virtual promovido pelo Instituto de Letras (IL) e o Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB.

 

Organizados em equipes, os alunos, de diferentes áreas do conhecimento, tiveram quatro dias  – entre 12 e 16 de abril – para pensar ideias de aplicativos que facilitem a comunicação de segmentos específicos com agentes públicos. Os três melhores grupos foram premiados com R$ 5 mil (primeiro lugar), R$ 3 mil (segundo lugar) e R$ 1 mil (terceiro lugar).

 

Coordenadora de Ciência e Tecnologia do PCTec, a professora Michelle Carvalho acredita que esta tenha sido oportunidade ímpar de aprendizado, troca de experiências e de constituir um grande network, independente do resultado da premiação. “Estamos muito felizes com a participação de todos. Ficamos gratos pelas oportunidades de aprendizado, por todas as equipes que participaram, mesmo aquelas que desistiram na metade do caminho", disse durante o encerramento da competição.

 

>> Relembre: Estudantes desenvolvem soluções inovadoras contra impactos da covid-19

 

INCLUSÃO – Vencedora, a equipe +Mediação, formada por graduandos da UnB de Biblioteconomia, Engenharia de Software, Direito, Filosofia e Línguas Estrangeiras Aplicadas, esboçou o app LUA (Linguagem Universal Acessível). Trata-se de um intérprete virtual multilíngue, que media a comunicação entre grupos específicos que não falam língua portuguesa e agentes públicos, além de reunir informações úteis sobre saúde, auxílio emergencial e administração no contexto da pandemia. O objetivo foi pensar um aplicativo que pudesse diminuir a exclusão desses segmentos sociais.

O app LUA consolida-se como um aplicativo para resolver demandas urgentes e essenciais de públicos com desafios linguísticos em tempos de pandemia. Imagem: Divulgação

 

“Este produto, além de facilitar a comunicação de pessoas surdas, indígenas e imigrantes que não falam português, também promove a inclusão social desses grupos desassistidos de políticas públicas e ferramentas mediadoras. Assim, o LUA se constitui como um aplicativo necessário no dia a dia, para resolver demandas urgentes e essenciais em tempos de pandemia”, explica o estudante de Biblioteconomia Lucas de Paulo, líder do grupo.

 

Pensar uma ferramenta que fornecesse informações de confiança para não falantes do português, principalmente indígenas, foi intenção da equipe Sarct ao criar o app Conta Comigo. Formado por estudantes dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia Mecatrônica, o grupo foi o segundo colocado na maratona.

 

A ideia é que o aplicativo disponibilize traduções voluntárias de cartilhas informativas e notícias. Além disso, ele irá intermediar a comunicação entre agentes públicos e indígenas.

 

“Nós acreditamos que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento necessário para se precaver em tempos de pandemia. Com nosso aplicativo, queremos promover a inclusão digital e democratizar as informações úteis para aqueles que não compreendem português”, detalha João Victor Novais, estudante de Engenharia da Computação e líder da Sarct. Ele informa que, agora, o grupo está em busca de apoio para concluir o desenvolvimento da ferramenta.

  

Terceiro lugar na competição, a equipe The Solutioneers, cujos integrantes são do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e da Universidade Federal da Paraíba, desenvolveu o aplicativo Pin. Este funciona como um facilitador da comunicação de migrantes, refugiados, estudantes de intercâmbio, deficientes auditivos e indígenas junto aos agentes dos órgãos governamentais. Para isso, a ferramenta oferece possibilidade de contato desse público com profissionais de tradução e interpretação.

 

“Acreditamos que nossa ideia e esforço possam ser usados para benefício das minorias linguísticas no Brasil e para auxiliar os agentes públicos na prestação de serviços de qualidade, onde há intercompreensão e plurilinguismo”, diz Zaíne Vicente, líder do grupo The Solutioneers.

 

Confira a cerimônia de encerramento do hackathon:

 

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