O Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) realizou, nesta terça-feira (14), uma live para apresentar o Programa de Gestão e Desempenho da Universidade de Brasília e tirar dúvidas de servidores. Disciplinada pelo Decreto n. 11.072/2022, publicado em maio de 2022, a iniciativa estabelece uma série de medidas para aumentar a eficiência no serviço público, entre elas, o teletrabalho.
Entre os objetivos do programa está o aprimoramento da prestação de serviços, a desburocratização da gestão administrativa, a redução de custos, o uso de tecnologias por meio do teletrabalho e a melhoria da qualidade de vida dos participantes.
Na UnB, a discussão sobre a adoção do teletrabalho teve início antes mesmo da pandemia de covid-19, em 2018, quando foi publicada a primeira instrução normativa sobre o assunto pelo Governo Federal, atualizada em 2020. No mesmo ano, o Conselho de Administração da Universidade aprovou uma resolução que regulamenta o programa de gestão do trabalho remoto.
“O teletrabalho no Programa de Gestão é mais complexo do que aquele que fomos obrigados a adotar na pandemia”, esclareceu a decana de Gestão de Pessoas, Maria do Socorro Gomes, logo no início da transmissão.
PÚBLICO – Poderão participar do programa, todos os servidores técnico-administrativos, estagiários e terceirizados cujas atividades permitam sua realização em teletrabalho. Não poderá aderir quem estiver em unidades com jornada flexibilizada, ou cuja natureza das atividades não permita a sua realização de forma remota.
Estão previstas duas modalidades de teletrabalho: integral (na qual a totalidade da jornada de trabalho se dá fora da Universidade) e parcial (com parte das atividades desempenhadas remotamente e parte presencialmente).
Para aderir ao programa, o primeiro passo consiste em participar da capacitação ofertada pela Procap. Esta etapa inclui a elaboração da matriz (um mapeamento das atividades do setor) e da proposta da unidade, e o treinamento no sistema do programa.
Neste momento, o sistema utilizado para acompanhar as atividades dos servidores é da Susep, ou seja, não foi desenvolvido especificamente para a Universidade. “Nós estamos tentando nos adaptar ao sistema que foi feito para um outro perfil, com outra lógica, mas a gente vê que existe essa viabilidade”, explicou a assessora do DGP Sheila Perla Maria de Andrade da Silva.
A segunda etapa consiste na análise da proposta, que deverá ser enviada à Comissão do Programa de Gestão (Capgest/DGP), responsável por emitir um parecer. Se for favorável, o documento segue para a reitora, que editará o ato de autorização.
A partir daí, a unidade poderá implementar o programa de gestão, definir participantes e elaborar seus respectivos planos individuais. No entanto, aqueles que não desejam ingressar no teletrabalho não precisam se preocupar. “Não é porque a unidade está no programa de gestão que o servidor será obrigado a aderir”, esclareceu Sheila.
CRONOGRAMA – O cronograma das capacitações foi definido. As atividades começarão neste mês, pelas unidades administrativas da Universidade. A previsão é de que as unidades acadêmicas sejam incluídas posteriormente.
“A gente optou por fazer primeiro nas áreas administrativas, em que o reflexo do calendário acadêmico ocorre de maneira sazonal, então é possível ter maior ‘controle’ da experiência de uso do sistema, para não atrapalhar a atividade-fim da Universidade”, justificou a decana Maria do Socorro.
EXPERIÊNCIA – O decano de Ensino de Graduação (DEG), Diêgo Madureira, relatou a experiência na adoção do programa. O DEG iniciou em junho deste ano a modalidade de teletrabalho como piloto, mas a preparação começou em setembro do ano passado. Ele destacou que a iniciativa não tem uma fórmula fixa de funcionamento, mas deve se adequar às necessidades e particularidades de cada setor.
“Hoje como funciona: os servidores chegam, batem o ponto, e o que a gente controla basicamente é o tempo que eles ficam em serviço. A gestão moderna está migrando para uma gestão de resultados. Eu não quero saber o tempo que a pessoa esteve presente, eu quero saber se ela fez o que precisava, e se fez bem-feito. Ou seja, é dar eficiência ao processo. Faz muito mais sentido que a demanda seja cumprida do que a carga horária”, salientou.
Diêgo contou que as dúvidas normalmente giram em torno do percentual de servidores que podem aderir ao teletrabalho em um mesmo setor e o controle de carga horária nesta modalidade. Ele afirma que o programa permite que cada unidade se adapte da maneira que melhor atenda às expectativas dos servidores, do gestor e do público.
Ele deu o exemplo de unidades que lidam com atividades cíclicas, como períodos de matrícula ou processos de final de semestre, quando a demanda de atendimento ao público aumenta. Assim, cabe planejar para que o teletrabalho seja adotado em alguns períodos e, em outros, a presencialidade seja retomada.
O decano deu algumas dicas para gestores e servidores que desejam aderir ao programa: antecipar o mapeamento das ações do setor; adotar uma cultura do registro de atividades; começar a substituir canais informais de comunicação por canais formais; manter o fluxo de informação por meios oficiais, usando prioritariamente o Sistema Eletrônico de Informações (SEI); e fazer simulações.
“Se o setor tem intenção de entrar no programa, já começa agora a simular. Como seria um plano de atividades para aquele servidor por uma semana, por um mês? [Esse exercício] vai facilitar muito a implementação”, orientou Diêgo.
Servidores que ainda tiverem dúvidas, podem encaminhar os questionamentos ao DGP pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Confira abaixo a íntegra da transmissão:
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