A Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB publica uma série de matérias para dar visibilidade às ações da campanha institucional A UnB quem faz é a gente voltadas aos diferentes segmentos universitários. O intuito é mobilizar esforços coletivos que contribuam para manter a Universidade cada vez mais viva neste momento ímpar de recuperação da pandemia de covid-19. A seguir, saiba como os técnicos administrativos têm atuado para garantir que a instituição siga desempenhando suas funções essenciais.
Superação é a palavra-chave com a qual a equipe da Central de Acolhimento ao Estudante (CAEs) define os últimos meses. Formado por seis servidores e quatro estagiários, o grupo precisou se adaptar às mudanças na rotina de trabalho ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus. A demanda registrada no e-mail da unidade retrata o contexto atual: de mil mensagens recebidas em janeiro, a caixa de entrada passou a reunir mais de 15 mil em agosto.
“Vivemos uma série de situações novas. Além de estarmos distanciados do contato presencial, a comunidade precisou aprender a usar o novo sistema acadêmico, que é o SIGAA, lançado em maio. Quando houve a retomada do calendário acadêmico em agosto, a demanda por atendimento aumentou muito, justamente para sanar dúvidas sobre matrícula e uso da ferramenta”, conta Josilene Cardoso da Silva, servidora da CAEs.
A colega de trabalho Kátia Liberal fala sobre o sentimento de surpresa que a pandemia trouxe. “Ninguém imaginava que de um dia para o outro não seria possível trabalhar presencialmente. A tecnologia entrou de vez em todas as casas, até daqueles mais resistentes. Fomos obrigados a ver nossas casas tornarem-se locais de trabalho, escola para nossos filhos e um refúgio da família. Isso não é fácil, requer um grau de comprometimento profissional e pessoal incrível”, compartilha.
Paralelo ao esforço individual de se adaptar às novas configurações, Josilene Silva acrescenta que a equipe da CAEs abraçou o propósito anunciado pela administração superior de “que ninguém ficasse para trás”. “Fizemos uma força-tarefa e ligamos para todos os estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo, já que muitos deles moram em locais sem acesso à internet. Nosso objetivo é que eles tomassem ciência do edital de apoio à inclusão digital”, diz a servidora.
As servidoras são parte do time de 3.195 técnicos administrativos que mantêm a Universidade ativa e pulsante mesmo em tempos de pandemia. “O atendimento da CAEs só foi possível pela parceria com os vários departamentos e setores da Universidade. São diversos servidores que disponibilizaram seus telefones pessoais, inclusive em horários fora do regime convencional, para conseguir resolver as demandas. Tem servidor que eu nunca vi pessoalmente, mas que pelo WhatsApp viramos excelentes amigos”, afirma Kátia Liberal. Ela constatou que “há muita gente envolvida e que ama essa Universidade.”
CONECTADOS A DISTÂNCIA — Após a interrupção do semestre letivo em março por conta do isolamento social imposto pela pandemia, a UnB precisou se readaptar para realizar seu primeiro semestre 100% remoto. Com colaboração de seus servidores técnico-administrativos, a instituição pôde retomar o calendário acadêmico em agosto. Uma das instâncias que contribuiu para viabilizar plataformas para o ensino remoto emergencial foi o Centro de Educação a Distância (Cead/UnB).
“Utilizamos a ferramenta Aprender 3 para hospedar todos os cursos presenciais de graduação e pós-graduação que estão são sendo ofertados no semestre. Para isso, cadastramos no sistema mais de 40 mil alunos e quase três mil professores. É muita gente utilizando a plataforma”, conta o técnico em audiovisual do Cead Ricardo Abrantes sobre a plataforma lançada em junho — uma evolução das versões 1 e 2, já utilizadas na Universidade.
Para capacitar a comunidade no uso do Aprender 3, o projeto do Cead Rotas da Inovação Universitária (RIU) tem disponibilizado diversos cursos on-line, vídeo-tutoriais e lives. O conteúdo pode ser acessado no canal do Cead no YouTube. A iniciativa atua ainda para capacitar docentes, e demais membros da comunidade, para uso de tecnologias e metodologias remotas que possibilitem novos formatos de ensino e aprendizagem.
A equipe do Cead também apoia a comunidade acadêmica com suporte e atendimento para dúvidas sobre o Office 365 (ferramenta disponibilizada para uso de serviços como e-mail, plataforma para videoconferência e outros recursos), além de ofertar um serviço de webconferência, que deve ser previamente agendado.
“Na defesa de uma tese, por exemplo, o aluno e toda a banca acessam um link remotamente, cada um em sua casa. Nós damos todo o suporte de multimídia e o aluno fica tranquilo para apenas fazer sua apresentação”, detalha Ricardo Abrantes sobre um dos serviços do Cead muito procurado pela comunidade.
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A garantia do ensino remoto teve contribuição de diversos outros setores, a exemplo da Secretaria de Administração Acadêmica (SAA). O setor desempenha atividade como o suporte aos coordenadores e docentes de curso para cadastro no SIGAA das disciplinas a serem ofertadas, bem como matrícula dos estudantes em disciplinas.
“A SAA precisou se reorganizar para conseguir atender a toda demanda da comunidade. Passamos por uma fase de adaptação no começo da pandemia, e hoje estamos bem alinhados. Pessoalmente, fui surpreendido com o engajamento da equipe e em como se mostraram comprometidos com a instituição”, relata o chefe de Serviço de Cursos, Currículo e Oferta da SAA, Henrique de Melo.
Ele lembra que “no início da pandemia a comunidade não sabia bem como recorrer à SAA” e, por isso, foi preciso fortalecer a divulgação dos contatos da unidade. “Hoje atendemos por e-mail; por peticionamento no Sistema Eletrônico de Informações (SEI); e também presencialmente às segundas-feiras, seguindo todas as orientações sanitárias, para suprir a demanda de alguns alunos que necessitam de documento físico assinado”, menciona.
BEM-ESTAR – A necessidade de cuidar de seus colaboradores ganhou dimensão ainda mais central nas políticas e iniciativas institucionais em tempos de pandemia, como explica Larissa Polejack, diretora de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC).
“Numa crise como a que vivemos, de ordem sanitária e social, é muito importante que a gente reserve um momento para o autocuidado, buscando passar por isso com um pouco mais de leveza e saúde. As atividades da Dasu são pensadas para contribuir nesse sentido”, destaca a diretora. Ela reforça o convite para que os técnicos-administrativos conheçam as iniciativas de apoio psicológico e promoção da saúde e participem daquelas que melhor se encaixarem em suas realidades.
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Entre os serviços disponíveis estão: atendimento psicológico individual e em grupo; terapia comunitária on-line; oficinas de autocuidado; prática de manejo de estresse – atividades que incluem técnicas de relaxamento, psicoeducação e meditação. A oferta pode ser consultada on-line. Parte das iniciativas ocorre em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
A assistente social Flávia Aparecida Squinca integra a equipe da Coordenação de Articulação de Redes para Prevenção e Promoção da Saúde (CoRedes/Dasu). Ciente da importância do autocuidado, ela não apenas contribui na formulação e oferta de serviços, mas também usufrui de algumas iniciativas.
“Eu participo da Escuta Virtual e do grupo A educação dos filhos em período de pandemia. Como assistente social e usuária das atividades, não tenho dúvidas do esforço da Dasu para garantir a promoção da saúde da comunidade universitária”, expõe a servidora.
Por ser mãe da Sansara, de seis anos, ela encontrou nos serviços um apoio fundamental para os desafios atuais. “Minha filha é uma criança ativa. Além da escola fazia natação e equitação. Com as aulas na modalidade remota, tive que transformar o ambiente doméstico em espaço de cuidado, ensino e entretenimento em tempo integral. É uma sobrecarga na maternidade, com afazeres domésticos e profissionais. O grupo nos conduz a pensar em novas estratégias e formas de encarar esse momento”, compartilha Flávia Squinca.
Antes de ser lotada na CoRedes, ela dedicou os últimos oito anos no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “A UnB precisa aperfeiçoar ainda mais os cuidados com os trabalhadores que atuam na saúde. Tenho colegas que estão vivenciando grandes desafios nesse tempo de pandemia. São realidades diferenciadas, situações que causam desgaste e sofrimento. É preciso um olhar atento para essas pessoas”, pondera a servidora, que também fez graduação, mestrado e doutorado na UnB.
APOIO INSTITUCIONAL – Com a adoção do trabalho remoto, diversos colaboradores precisaram do apoio institucional na promoção de condições adequadas para o desempenho de suas funções. O decano de Gestão de Pessoas (DGP), Carlos Mota, menciona algumas das providências adotadas.
“Fizemos comodato de equipamentos, como computadores e mesas, porque muitos servidores não tinham esses itens necessários ao trabalho remoto. A Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) providenciou a conexão remota, garantindo aos servidores o acesso à internet e a sistemas do governo federal que fazem parte de nossas rotinas administrativas e não podem ser acessados de qualquer rede”, enumera o gestor.
Outro destaque mencionado pelo decano foi a viabilização do Office 365. “Essa ferramenta tem sido essencial ao trabalho por dispor de recursos como o Teams, por onde temos feito muitas das reuniões que fazem parte do dia a dia de nosso trabalho em equipe."
Para capacitar os servidores no uso da ferramenta e de outras demandas identificadas no período, ele lembra que a Diretoria de Capacitação, Desenvolvimento e Educação (DCADE/DGP) tem ofertado continuamente cursos on-line.
Outra preocupação é com a saúde dos colaboradores, que além das ações da Dasu, contam com intervenções da Diretoria de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (DSQVT/DGP). “O ambiente da DSQVT foi recentemente adaptado para que, quando necessário, a equipe de perícia médica possa atender presencialmente os servidores”, informa Carlos Mota sobre a diretoria, que integra o Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes).
O decano explica que, nos casos em que o servidor precisa retornar ao trabalho presencial, primeiro é realizada uma avaliação da DSQVT. “Temos laboratórios que cuidam de plantas e animais. Esse é um exemplo de situação que demanda servidores presencialmente. Antes de liberar o servidor para o retorno presencial, a DSQVT analisa as condições do local de trabalho. Depois, há uma estratégia de acompanhamento do servidor e registro no sistema de folha para que fique formalizada a situação presencial do colaborador”, detalha. A unidade responsável pela perícia para retorno presencial é a Coordenadoria de Engenharia de Segurança do Trabalho (CEST/DSQVT).
Carlos Mota acrescenta que no momento o trabalho remoto tem sido realizado como medida preventiva ao novo coronavírus, mas que o objetivo é implementá-lo como política de gestão da Universidade. “Já encaminhamos ao Ministério da Educação nosso plano de adesão ao trabalho remoto proposto pelo governo federal. Estamos fazendo as adaptações necessárias conforme prevê a instrução normativa que trata do assunto”.
MUNIDOS DE INFORMAÇÃO – Os técnicos da UnB podem contar com informações atualizadas sobre o panorama da pandemia no repositório digital Covid-19 UnB em Ação. A plataforma digital reúne as edições semanais do Boletim Coes, além de notícias sobre os diversas iniciativas e esforços institucionais na temática.
Na plataforma também está disponível o documento com recomendações sobre como lidar com a contaminação pela covid-19. A informação correta é a melhor aliada no combate ao novo coronavírus.
A UnB QUEM FAZ É A GENTE – Diante do contexto de pandemia de covid-19, a UnB tem mobilizado diversas ações para acolher sua comunidade e apoiá-la no enfrentamento às adversidades impostas no atual cenário. É nesse sentido que foi idealizada a campanha institucional A UnB quem faz é a gente, estratégia de comunicação que busca reconhecer, valorizar e incentivar a atuação coletiva na superação dos desafios em curso, bem como reunir informações sobre iniciativas, programas e serviços para orientar os segmentos universitários nestes novos tempos.
>> Conheça a campanha e saiba como se engajar
O enredo valoriza o componente humano, maior riqueza da UnB. E invoca o princípio de que a Universidade é feita por gente e para gente. Por isso, o cuidado com a vida e com o bem-estar das pessoas é o que conduz a instituição neste contexto atípico e desafiador.
Assista ao vídeo da campanha:
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