O #InspiraUnB do 2º/2020 veio em formato diferente: 100% on-line. A aula inaugural, ápice das boas-vindas aos estudantes no semestre, ocorreu na última segunda-feira (22). Foi transmitida pelo canal da UnBTV no YouTube. O destaque da programação ficou por conta da palestra da neurocientista Suzana Herculano-Houzel, uma das mais conceituadas na área. A psicóloga Larissa Polejack, diretora da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária, vinculada ao Decanato de Assuntos Comunitários (Dasu/DAC), também fez participação.
O início do evento deu-se com a apresentação da campanha institucional A UnB quem faz é a gente, seguida pelo canto do hino nacional brasileiro, e contou com participação da Orquestra Popular Candanga da UnB. Os discursos de boas-vindas foram feitos pela reitora Márcia Abrahão e pelo decano de Ensino e Graduação, Diêgo Madureira.
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Ambos destacaram a atipicidade da situação. “A falta de calor humano faz apertar o coração. Por outro lado, ter este momento realizado no formato virtual traz um simbolismo muito interessante: demonstra nossa capacidade de adaptação”, disse o decano.
Ao passo que a reitora fez um apelo para que, aqueles que puderem, permaneçam em casa: “infelizmente nós estamos afastados, mas é o melhor a fazer neste tempo de pandemia, que já levou tantas vidas”, lamentou.
FLEXIBILIDADE É INTELIGÊNCIA – Suzana Herculano-Houzel é neurocientista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Continuou os estudos e pesquisas nos Estados Unidos, França e Alemanha.
A cientista foi responsável por desenvolver um novo método de contagem de neurônios no cérebro, além de descobrir a relação entre a área e a espessura do córtex cerebral, onde é trabalhada a flexibilidade cognitiva – para Suzana, a mais acertada definição de inteligência.
A pesquisadora fez uma exposição sobre o funcionamento do cérebro humano, explicando, inclusive, a relevância da diferença de tamanho da massa encefálica humana quando comparada com a de outros animais. Acontece que, mesmo com essa discrepância, por vezes diferentes espécies possuem quantidade parecida de neurônios, a exemplo dos chimpanzés e dos elefantes.
E por falar em elefantes, dentre os questionamentos levantados pelos espectadores surgiu curiosidade sobre um ditado popular: “os elefantes realmente se lembram para sempre?”. A palestrante esclareceu, de forma descontraída, que eles, na realidade, lembram-se tanto quanto nós. Isso, segundo ela, relaciona-se com a longevidade do animal.
De acordo com a cientista, tudo que consideramos inteligência, como capacidade de resolução de problemas, está dentro do conceito da flexibilidade cognitiva, tal como a própria flexibilidade para ser flexível e adaptar-se a diferentes contextos.
Isso significa que não necessariamente agimos da mesma maneira em situações idênticas: nosso comportamento torna-se flexível de acordo com as circunstâncias, estado mental do indivíduo, objetivos, entre outros aspectos.
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ESTABELECER VÍNCULOS – A primeira palestra do dia foi da psicóloga Larissa Polejack, que é professora do Departamento de Psicologia Clínica e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (IP/UnB) e diretora da Dasu/DAC. Amplamente elogiada nos comentários da transmissão, a professora falou de forma sucinta. Seguindo a temática Universidade como espaço de potências, afetos e afetações, Larissa destacou as relações de troca e aprendizado. Para ela, a capacidade de estabelecer vínculos é o mais importante: “é o que nos mantém de pé e potencializa nossos recursos”, justificou.
Confira como foi o #InspiraUnB do 2º/2020:
* estagiária de Jornalismo na Secom/UnB
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