O engenheiro elétrico Ademir Borduque, de 67 anos, descobriu uma doença renal crônica há oito anos. Começou o tratamento conservador com medicamentos, até ser encaminhado para a hemodiálise. Durante três anos e meio, precisou fazer três sessões por semana, quatro horas por dia. No ano passado, veio a notícia de que iria receber um novo rim. O transplante foi realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh/MEC) em dezembro de 2022. “Me sinto muito melhor, agora só venho para o hospital para fazer acompanhamento. A equipe é maravilhosa, só tenho a agradecer”, conta Ademir.
Ademir foi um dos 32 pacientes que fizeram o transplante renal no HUB no ano passado. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o hospital universitário foi a instituição que fez o maior número de transplantes de rim no Distrito Federal em 2022. No total, foram feitos 101 transplantes renais do DF e o HUB foi responsável por mais de 30% dos procedimentos. Desde 2006, quando foi inaugurada, a Unidade de Transplante do HUB já realizou 408 cirurgias, sendo dez este ano.
“O grande problema do transplante é que não temos órgãos suficientes para atender à demanda de pacientes que precisam transplantar. Essa é uma realidade no mundo todo e temos que fazer todo o esforço possível para conseguir ter aproveitamento máximo desses órgãos, porque eles são recursos raros e muito preciosos”, explica o chefe da Unidade de Transplante do HUB, Gustavo Arimatea. “Aqui no HUB, temos feito um esforço muito grande para aceitar cada vez mais órgãos para os nossos pacientes, aceitando órgãos enviados de oferta nacional, que vem de outros estados. Temos que correr mais contra o tempo, mas temos conseguido nos organizar para fazer esses transplantes e isso tem dado resultado, contemplando um número maior de pacientes”, completa Gustavo.
SOBRE A DOENÇA RENAL – A doença renal crônica caracteriza-se pela lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais, e está associada a duas doenças de alta incidência na população: hipertensão arterial e diabetes. Normalmente, ela não provoca sintomas significativos nos estágios iniciais e, quando é descoberta, já está em uma fase bastante avançada, com necessidade de diálise ou transplante. Por isso, manter hábitos saudáveis e exames de rotina em dia são fatores fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce.
Confira matéria da UnBTV sobre o assunto:
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