FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA

Graduado e mestre pelo Departamento de Engenharia Mecânica, Lucas Mangas atribui sucesso à infraestrutura oferecida pela instituição do DF para pesquisa 

A Universidade de Oxford será a "casa" de Lucas Mangas nos próximos quatro anos. Ele foi agraciado com bolsa integral para cursar o doutorado em Engenharia. Foto: Marlon Rondal/Pixabay

 

O currículo robusto de Lucas Mangas Araújo, egresso de graduação e mestrado do Departamento de Engenharia Mecânica (ENM) da Universidade de Brasília, foi essencial para que fosse, além de aceito por duas das melhores universidades do mundo – Universidade de Oxford e Imperial College London –, convidado a cursar o doutorado na área com bolsa integral custeada pelo Reino Unido.

 

Aos 25 anos de idade, ele acumula três artigos científicos publicados em revistas de altíssimo impacto (Qualis A1) – aguarda o aceite do quarto, que está em revisão –, dois anos como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e mais uma participação no programa Jovens Talentos para a Ciência. Sua pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Mecânicas do ENM, não só rendeu algumas destas publicações em periódicos, como também foi um dos fatores que contribuiu para o êxito na candidatura ao doutorado no exterior.

 

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Às vésperas de viajar para Oxford, onde estudará pelos próximos quatro anos, Lucas Mangas também atribui o sucesso nos processos seletivos ao bom proveito de todas as oportunidades que a Universidade sempre ofereceu.

 

“Sem a menor sombra de dúvida, a UnB foi uma parte fundamental para eu chegar onde cheguei”, afirma o pesquisador e engenheiro mecânico. “Dispomos de uma estrutura de informática muito boa não só lá no Departamento de Engenharia Mecânica, mas na UnB inteira. Outra coisa que me ajudou muito na minha jornada foi o repositório da Universidade. Com certeza, muitos trabalhos em que me baseei estavam disponíveis no repositório institucional.”

A trajetória de Lucas Mangas na UnB foi altamente reconhecida pelas melhores universidades do mundo. Foto: Arquivo pessoal

 

Mangas destaca que, particularmente, além de infraestrutura de peso, com laboratório excelente, o ENM tem professores atenciosos e técnicos sempre dispostos a ajudar. “Os professores sempre nos incentivaram a publicar, principalmente o Lucival, que até pouco tempo era meu orientador. Publicar, pesquisar, ir atrás. Com certeza, se eu não tivesse publicado os resultados a que cheguei durante minha pesquisa, não teria conseguido essas duas bolsas na Inglaterra”, garante.

 

“Para resumir, a UnB sempre forneceu os meios (do ponto de vista da estrutura da Universidade, mas também de recursos humanos) para atingirmos um altíssimo nível de performance acadêmica. Ela me deu apoio não só institucional, mas financeiro e também emocional, porque fiz grandes amigos na UnB, vivi muita coisa boa ali e é uma parte muito importante da minha vida”, arremata Lucas Mangas.

 

Professor do ENM, Lucival Malcher foi orientador de Lucas na graduação e na pós, além de tê-lo guiado também nos programas de iniciação científica. Esse acompanhamento de perto na trajetória do estudante rendeu trabalhos conjuntos: ambos são coautores dos três artigos de Qualis A1 publicados pelo agora egresso da UnB.

 

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“O Lucas pretende iniciar o doutoramento com quatro artigos publicados em revistas de altíssimo impacto. Isso realmente é muito difícil de ter. Muitos alunos que terminaram o doutorado não têm e, por incrível que pareça, até alguns professores não têm essa produção científica”, comenta o docente.

 

Para Malcher, a Universidade de Brasília contribuiu muito na formação de excelência de Lucas. “Temos aqui no Departamento de Engenharia Mecânica um grupo de pesquisa sobre Fadiga, Fratura e Materiais (GFFM) muito reconhecido internacionalmente dentro do tema de comportamento mecânico de materiais. Todo esse reconhecimento fez com que montássemos um laboratório de excelente qualidade, com equipamentos de ponta. Tudo isso viabiliza o desenvolvimento de pesquisas de alto nível e o Lucas abraçou isso com todas as forças”, pontua.

O professor Lucival Malcher orientou Lucas Mangas desde a graduação e foi um dos responsáveis por instigar a produção acadêmica do estudante, agora egresso da UnB. Foto: Arquivo pessoal

 

O custeio de pesquisas por meio de bolsas, segundo Malcher, foi outro grande estímulo para o estudante. “A qualidade dos laboratórios, dos equipamentos, e também a disponibilização de bolsa para que ele fosse remunerado e tivesse toda a motivação para executar a pesquisa. Tudo isso incentiva o aluno a desenvolver um excelente trabalho”, acredita o docente.

 

BOLSAS – Lucas Mangas, que defendeu sua dissertação de mestrado em julho último, tem como meta um dia retornar para a Universidade de Brasília como professor. “Para perseguir essa vontade minha eu precisava de um doutorado”, observa. E foi isso que o motivou, durante a pandemia, a tentar fazer o curso no exterior.

 

“Fui atrás das melhores universidades do mundo, que eu humildemente achava que tinha capacidade de ir para esses lugares, e acabei optando por aplicar para a Oxford e para o Imperial College. Entrei em contato com professores das duas [instituições] perguntando se tinham oportunidade e nenhum deles disse que tinha bolsa para me dar, mas me falaram para aplicar, porque tinham gostado do meu currículo”, relembra.

 

Nos processos seletivos, além de enviar o currículo acadêmico e conversar com os docentes que possivelmente poderiam orientá-lo, Mangas também passou por teste de fluência em inglês e, em uma das instituições, também participou de entrevista on-line.

 

Para se ter uma ideia, na Universidade de Oxford – que foi a escolhida –, Lucas Mangas concorreu com 450 pessoas a uma das três bolsas destinadas ao doutorado em Engenharia, de um total de cem ofertadas. E foi agraciado com a bolsa integral Clarendon.

 

No Imperial College, onde a concorrência também é altíssima, havia 50 vagas para todos os cursos de doutorado e o egresso da UnB foi contemplado com a President’s PhD Scholarships, integral.

 

“O interessante é que são duas bolsas muito prestigiadas na Inglaterra. Fiquei muito feliz de recebê-las, porque são duas das melhores universidades do mundo. Acho que vai ser uma oportunidade incrível”, comenta.

 

“Acabei optando por Oxford porque acho que minha vida será mais tranquila lá e também porque acho muito legal a parte histórica da universidade, muita gente importante se formou lá. Vou ter contato com pessoas que no futuro podem vir a mudar o mundo. A última pessoa famosa que se formou lá foi a Malala. Imagina você estar comendo no RU [Restaurante Universitário] deles, olhar para o lado e estar sentada a Malala, por exemplo”, brinca.

 

A Universidade de Oxford é, pela sexta vez seguida, a número um do ranking de melhores instituições do mundo divulgado pelo Times Higher Education (THE) – e o Imperial College London está na posição de número 11 no mesmo ranking mundial.

 

PESQUISAS – Para conhecer um pouco mais sobre os estudos desenvolvidos por Lucas Mangas, publicados como artigos ou como a dissertação de mestrado, clique aqui.

 

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