1º DE MAIO

Com rotinas adaptadas à nova realidade, colaboradores têm apoio para fazer com que a Universidade siga plenamente ativa

Ações institucionais têm contribuído para a adaptação dos colaboradores às rotinas produtivas no cenário de pandemia. Foto: Isa Lima/Secom UnB

 

Em um contexto conturbado como o da pandemia de covid-19, a Universidade de Brasília tem se mantido ativa graças à dedicação de seu quadro de trabalhadores. Técnicos, docentes e terceirizados têm desempenhado funções essenciais para a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas. Em celebração ao Dia do Trabalhador, marcado em 1º de maio, a UnB homenageia o time que tem feito a diferença para manter a excelência da instituição.

 

PROMOÇÃO DE CUIDADOS – Na atual conjuntura, a maior parte dos trabalhadores da Universidade encontra-se em home office, mas um grupo segue atuando presencialmente em serviços essenciais que não podem ser executados de casa, como manutenção, limpeza, portaria, segurança, entre outros. Com isso, foi necessário que a instituição se organizasse para tornar o trabalho de todos o mais seguro possível.

 

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A Diretoria de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho (DSQVT) tem realizado inspeções técnicas de saúde e segurança nos ambientes de trabalho que estão em funcionamento e nos que estão em fase de planejamento para retomada de atividades presenciais.

 

“Orientamos os gestores sobre as providências a serem tomadas para a minimização dos riscos de contágio pelo novo coronavírus nos ambientes de trabalho. Muitas vezes, isso requer modificações nos espaços e na organização das atividades, incluindo a instalação de equipamentos de proteção coletiva e fornecimento de equipamentos de proteção individual, materiais de higiene e álcool em gel, entre outros”, destaca Thiago de Mello, diretor de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho do Decanato de Gestão de Pessoas (DSQVT/DGP).

 

Para orientar os servidores em trabalho remoto, foi preciso repensar as ações de promoção à saúde já realizadas, como o projeto UnBoa Saúde, da Coordenadoria de Saúde Ocupacional (CSO/DSQVT). A iniciativa tem como objetivo a propagação de informações de saúde por meio eletrônico.

 

“Utilizamos temas emergentes de cada mês do ano para esclarecer, orientar e transmitir conhecimentos sobre saúde e prevenção de doenças. Assim, buscamos desenvolver hábitos saudáveis de vida e de trabalho, prevenir riscos, agravos e danos à saúde dos servidores da Universidade de Brasília”, menciona Thiago de Mello.

Thiago de Mello estima que o conjunto de ações realizadas para promoção da saúde contribui para a redução das morbidades entre os servidores da UnB. Foto: Arquivo pessoal

 

Recentemente, também foi lançada a Cartilha Instrutiva para a Realização Saudável do Trabalho Remoto, com dicas para que os servidores realizem suas atividades com qualidade de vida. O material foi desenvolvido pela Coordenadoria de Engenharia e Segurança do Trabalho (CEST/DSQVT). 

 

“A cartilha aborda os maiores empecilhos identificados e assuntos que precisam ser continuamente observados quando falamos em trabalho remoto e teletrabalho, como: fatores psicossociais; ambiente organizacional; relacionamento profissional; ergonomia; e práticas saudáveis, como alongamentos, exercícios físicos e alimentação”, enumera o diretor da DSQVT sobre os tópicos do documento.

 

A disponibilização da cartilha também foi oportuna para promover a saúde dos servidores tanto em apoio ao Movimento Abril Verde, que busca conscientizar a sociedade sobre questões de segurança e saúde do trabalhador, como em alusão ao Dia do Trabalhador.

 

Segundo Thiago de Mello, existe empenho no estabelecimento de parcerias para a realização de mais ações de promoção à saúde voltadas ao público em trabalho remoto. Em maio, será iniciado o Programa Anual de Exames Médicos Periódicos (EMP), que visa detectar precocemente agravos à saúde. A intenção é que a iniciativa contribua para prevenir o adoecimento de servidores da Universidade a partir da avaliação médica e da realização de exames laboratoriais, sem custos.

 

DIA A DIA – Mesmo com mais de um ano de pandemia, não é tão fácil acostumar-se com as adaptações à rotina laboral neste cenário. A auxiliar de serviços gerais Maria da Glória Beltrão, conhecida como Glorinha, que está em trabalho presencial na UnB, reconhece os desafios de seguir em atividade neste momento.

 

No entanto, garante que busca se cuidar para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. “Trabalhar nos últimos meses tem sido bastante complicado, pois precisamos ter mais atenção e temos que nos preocupar também com todas as orientações de prevenção à covid-19.”

 

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Simone Pereira, servidora do Setor de Registro de Diplomas da Secretaria de Administração Acadêmica (SAA), tem desempenhado suas funções em regime híbrido – presencial e remoto. Ela, no entanto, tem saudade do cotidiano na Universidade antes da pandemia.

 

“Sinto falta dos amigos do trabalho, da alegria dos estudantes andando pela Universidade, sentados no gramado. A parte do trabalho executado em home office faz com que eu me sinta solitária. Uso muito o WhatsApp e o Teams para trocar ideia com o time do meu setor”, revela.

 

No Setor de Registro de Diplomas, os sistemas não estão parametrizados para receber as demandas e registrá-las de modo digital, por isso os servidores precisam ir à UnB. Simone relata que a equipe que trabalha no local está sendo criteriosa com o atendimento, que tem sido feito por agendamento e em quantidade reduzida.

 

“Nosso setor não parou nesse momento de pandemia. Muito pelo contrário, vimos a necessidade de definir processos que pudéssemos fazer em home office. Muitos formandos precisaram do diploma para ingressar no mercado de trabalho ou para tomar posse em cargo público. Essas demandas consideramos urgentes”, frisa.

Beth Ferroni mudou condução de suas aulas com a adoção do ensino remoto e desenvolve projeto para redução do estresse entre a comunidade acadêmica. Foto: Arquivo pessoal

 

Beth Ferroni, docente do Instituto de Ciências Biológicas (IB), avalia que a adaptação ao trabalho remoto foi mais difícil durante o primeiro semestre letivo de 2020, pois foi um momento de aprendizagem de uma nova modalidade de execução das aulas. Contudo, a professora percebe que, agora, existe um cansaço maior nas pessoas, relacionado à atual situação da pandemia e à perspectiva de não haver uma solução a curto prazo.

 

“Hoje eu lido melhor com esses desafios. Fui aprendendo a utilizar as ferramentas [para as aulas remotas], me adequando [à realidade], e tenho recebido muito feedback dos alunos para poder ajudá-los nesse sentido também”, conta a docente.

 

Outro fator destacado por Beth em seu processo de adaptação foi a mudança na percepção sobre as dificuldades dos discentes. A professora tem dois filhos universitários na UnB e passou a observar como tem sido a experiência deles com o ensino remoto. “Comecei a perceber que não dá para simplesmente traduzir ou transferir o ensino presencial para o remoto. Não dá para pensar em aulas de duas ou quatro horas remotamente, isso é muito exaustivo”.

 

A docente, então, decidiu adotar novas estratégias para transmitir o conteúdo em suas atividades acadêmicas, de modo que a interação com os alunos se torne mais dinâmica e motivadora.

 

SAÚDE MENTAL – Incentivar os cuidados psicológicos de estudantes, e também de servidores, neste período tem sido outra das preocupações da professora. Desde 2020, Beth Ferroni tem conduzido a iniciativa Xô Stress, promovida junto à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC). O projeto envolve a oferta de práticas de meditação e relaxamento on-line. 

 

De acordo com a docente, existem muitos estudos que comprovam que fazer meditação reduz o estresse. Ela pontua, ainda, que a prática abaixa os níveis de cortisol e, consequentemente, melhora o funcionamento do organismo. Quando em níveis aumentados, o cortisol – conhecido como hormônio do estresse – inibe a resposta imunológica, ou seja, deprime o sistema imune, deixando o indivíduo mais suscetível a infecções e doenças.

 

“Além disso, a manutenção de níveis de estresse crônicos aumenta o risco de predisposição a doenças cardiovasculares e diabetes. A prática meditativa é uma medicina preventiva, reduzindo a predisposição a essas doenças decorrentes do estresse”, explica Beth.

 

A atividade é aberta ao público em geral, com encontros virtuais às quartas-feiras, das 18h às 19h, e aos sábados, das 16h às 17h. Para participar, é preciso se inscrever por meio de formulário. Servidores técnico-administrativos e docentes também podem aproveitar outras iniciativas da Dasu para promoção da saúde. Informações estão disponíveis na página da diretoria ou acessando linktr.ee/dasu.

 

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