EXCELÊNCIA

Guia da Faculdade avaliou mais de 16 mil cursos. Dos melhores conceituados, 88% são oferecidos por universidades da categoria

Todos os campi da UnB tiveram cursos classificados com estrelas no Guia da Faculdade. Na imagem, prédio do Instituto Central de Ciências (ICC) do campus Darcy Ribeiro. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília aparece pela primeira vez no topo da lista do Guia da Faculdade, elaborado pelo jornal Estado de São Paulo, o Estadão, e pela startup Quero Educação. São 17 cursos da instituição avaliados com cinco estrelas, nota máxima atribuída pelo ranking, que vai de um a cinco. Dos quase 16 mil cursos avaliados em 2021, apenas 581 conquistaram o conceito máximo e, destes, 88% são oferecidos por instituições públicas.

 

Além das graduações cinco estrelas, a UnB ainda possui 41 com nota quatro e outras 25 com nota três. Todos os campi da Universidade tiveram ao menos um curso contemplado com nota acima de três. Duas graduações na modalidade ensino a distância também foram bem avaliadas.

 

"Parabenizo a nossa comunidade por mais um reconhecimento da excelência do ensino, da pesquisa e da extensão praticados na Universidade de Brasília, agora por um veículo nacional", comemorou a reitora Marcia Abrahão.

 

>> Conheça aqui os cursos estrelados da UnB de acordo com o Guia da Faculdade

 

ORÇAMENTO LIMITADO – "Mesmo com os desafios impostos pela pandemia e pelos cortes orçamentários, estamos conseguindo manter as nossas pesquisas, mas com muita dificuldade", afirma a reitora. 

 

O cenário de escassez orçamentária e redução contínua de recursos da Fonte do Tesouro Nacional tem acentuado os desafios para manter a Universidade funcionando plenamente. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 trouxe quase R$ 208 milhões para despesas discricionárias de custeio na UnB, sendo R$ 135,8 milhões na Fonte do Tesouro e R$ 72,1 milhões na Fonte Própria.

 

A portaria nº 5.545 de 2021, do Ministério da Economia, reduziu os recursos vindos do Tesouro Nacional. "O valor destinado pelo governo na LOA, que já era 4,6% menor em relação ao ano de 2020, agora é 6,2% menor", explica a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação, Denise Imbroisi.

 

Para deixar bem clara a redução nessa parte de investimento, a decana traz o exemplo dos recursos para obras, aquisição de equipamentos e material bibliográfico, que, em 2016, totalizavam R$ 47 milhões. A gestora explica que este ano, pela primeira vez, não houve recursos na LOA para investimentos na Fonte do Tesouro.

 

"Apesar desses cortes, conseguimos nos destacar no ranking. É preciso lembrar, no entanto, que é cada vez mais desafiador fazer tanto com tão pouco. As Universidades precisam ser fortalecidas com investimentos ou a ciência no país corre o risco de parar", lembra Imbroisi. 

 

A estratégia para manter o destaque tem sido a de priorização do uso dos recursos cada vez mais para a execução das atividades-fim de ensino, pesquisa e extensão. "Buscamos também ampliar a arrecadação de recursos próprios e reduzir despesas, postergando projetos que, apesar de importantes, não são absolutamente essenciais no momento, já que o contexto é de extrema escassez orçamentária", finaliza a decana.

 

Abaixo, confira a lista das instituições públicas ranqueadas com cinco estrelas:

UnB recebeu conceito máximo no ranking em 17 cursos. Arte: Reprodução/Guia da Faculdade

 

METODOLOGIA – O Guia da Faculdade utiliza um método conhecido como avaliação por pares. A equipe do guia atua como se fosse um instituto de pesquisa, recebendo a opinião de milhares de coordenadores e professores de ensino superior cadastrados como colaboradores voluntários.

 

Em 2021, mais de 9.500 desses voluntários foram acionados para dar notas aos cursos das suas áreas de formação em instituições prioritariamente localizadas na mesma região do país na qual atuam. As graduações são avaliadas por seis professores, que atribuem notas de um a cinco para os critérios corpo docente, projeto pedagógico e infraestrutura. Os docentes também podem declarar impossibilidade de participação. Para ser considerado avaliado, é necessário que o curso tenha um número mínimo de quatro notas válidas.

 

Todas as instituições de ensino superior cadastradas no Ministério da Educação são convidadas a fazer parte do Guia da Faculdade. São os colaboradores dessas instituições que cadastram ou atualizam as informações sobre os cursos. Este ano, as graduações precisaram atender, para a avaliação, os critérios mínimos de ter titulação de bacharelado ou licenciatura; ter ao menos uma turma com alunos já formados em 2020; ter ao menos uma turma em andamento. Com base nesses dados, a equipe do guia seleciona os cursos que irão participar do processo avaliativo.

 

O ranking seleciona os cursos de acordo com as cidades onde são ofertados. Se uma mesma instituição de ensino oferece uma graduação em várias cidades, o curso recebe uma nota específica de cada uma delas. Caso haja diferentes ofertas de um mesmo curso na mesma cidade, apenas o mais antigo será analisado para fins de pontuação.

 

Cada coordenador de curso avaliado preenche um questionário para subsidiar as avaliações dos seis pareceristas, explicitando o perfil dos professores vinculados ao curso e dados quantitativos; as características da proposta de ensino do curso; e características de espaço físico, materiais e equipamentos oferecidos.

 

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