RECURSOS TECNOLÓGICOS

Mais de 300 computadores foram doados para estudantes em vulnerabilidade socioeconômica seguirem com os estudos durante a pandemia

 

A Universidade de Brasília tem promovido iniciativas para apoiar a comunidade acadêmica na realização de suas atividades durante o semestre letivo remoto. Uma das prioridades neste contexto é oferecer a estudantes em vulnerabilidade socioeconômica condições de acesso a recursos tecnológicos e internet para o acompanhamento das aulas on-line.

 

Por meio de editais lançados pela Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS/DAC), a instituição ampliou a inclusão digital para discentes durante a pandemia com o empréstimo e a doação de computadores, além da oferta de auxílio financeiro para aquisição de equipamentos eletrônicos e de pacote de dados. Unidades acadêmicas também foram incentivadas a efetuar o empréstimo de dispositivos.

Editais da DDS garantiram a arrecadação de computadores para estudantes que não dispõem desses recursos. Foto: Arquivo pessoal

 

Com o intuito de alavancar ainda mais esses esforços, a Universidade fechou uma parceria com o Banco do Brasil, que fez a doação de 368 computadores para que universitários em vulnerabilidade socioeconômica possam assistir as aulas remotas. A articulação foi feita com apoio do professor de Engenharia de Software George Marsicano, coordenador do projeto Doarti, iniciativa que mantém, como uma das frentes, um aplicativo homônimo para estimular ações de solidariedade. Por meio do app, foi feita a divulgação da campanha UnB Solidária – Apoie um estudante em formação, também destinada à arrecadação de equipamentos eletrônicos para estudantes que necessitam.

 

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O professor George Marsicano explica como se deu a intermediação com o Banco do Brasil. "Uma das campanhas cadastradas dentro do aplicativo Doarti e que tiveram bastante acesso e apoio da comunidade foi justamente a campanha de arrecadação de equipamentos para os alunos para a volta do ensino, em modo remoto emergencial. Como coordenador do Doarti, além de estar envolvido na divulgação da campanha, acabei fazendo vários contatos com órgãos públicos e, principalmente, com algumas empresas para verificar a possibilidade de fazerem doações de equipamentos para a UnB. O Banco do Brasil foi um desses contatos", explica.

 

Paralelamente, o docente havia encaminhado uma solicitação formal da Reitoria ao Banco do Brasil e se manteve em diálogo com um representante do banco para alinhar os trâmites. "Foram 368 equipamentos recebidos pela Universidade e, durante esse processo, além da DDS e do projeto Doarti, a área de Patrimônio também deu um apoio importante em relação ao recebimento, a formalização e a entrada desses equipamentos na Universidade, além de ter ajudado na montagem deles para doação", afirma Marsicano.

 

INCLUSÃO DIGITAL – Um levantamento social feito pela UnB, antes do início do semestre, apontou que 6% de alunos (aproximadamente 5.200) não tinham condições de acompanhar o ensino remoto emergencial quase que exclusivamente por falta de equipamento. É importante ressaltar, que dentro do universo dos estudantes com dificuldades socioeconômicas, há aqueles com renda per capita familiar de um quarto do salário-mínimo (R$ 261,25), indígenas, quilombolas e pessoas com deficiências.

 

Para viabilizar o acesso a tecnologias por esses grupos, a Universidade lançou quatro editais pela DDS, além da campanha UnB Solidária com o objetivo de mobilizar a comunidade interna e externa para doação de equipamentos novos e usados (computadores e notebooks). São ações no âmbito do Programa de Inclusão Digital da UnB.

 

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"Mediante as medidas de distanciamento social adotadas para o controle da pandemia de covid-19, a Universidade de Brasília adotou ação estratégica emergencial de inclusão digital. O objetivo foi o de criar oportunidades para que os estudantes de graduação e pós-graduação com dificuldades socioeconômicas que não possuíam equipamentos tivessem condições de realizar suas atividades acadêmicas ofertadas por acesso remoto", explica Jackeline Lima, que atua como assistente social na DDS.

 

As regras e critérios de participação nos editais foram definidos em debate com representantes estudantis e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães. Ao total, 3.006 estudantes se inscreveram para receber equipamentos, dos quais 2.416 foram selecionados nas modalidades auxílio financeiros (1.903), empréstimo/doação (508) e aquisição de chip para acesso à internet (994). Além disso, 360 estudantes foram contemplados pelo programa Aluno Conectado, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MEC).

 

"A importância central do programa é ofertar meios para que estudantes vulnerabilizados socioeconomicamente tenham a chance de dar continuidade aos seus estudos neste contexto tão adverso", afirma a diretora da DDS, professora Maria do Socorro Gomes (Nina).

 

COOPERAÇÃO – "A Diretoria de Desenvolvimento Social, principal responsável por executar os programas da Política de Assistência Estudantil na Universidade, tem o compromisso de oferecer condições de permanência no ensino superior aos estudantes em vulnerabilidade social. Anualmente, esse compromisso tem se tornado cada vez mais desafiador com a demanda de estudantes aumentando e o orçamento não acompanhando esse crescimento. Nesse contexto, quem mais sofre são os estudantes com vulnerabilidades socioeconômicas, que têm o seu direito à educação superior ameaçado", frisa Jackeline Lima.

 

Ela também menciona outros setores da Universidade que ajudaram na construção e divulgação das iniciativas, como a Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC), as unidades acadêmicas, a Associação de Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), a Diretoria de Manutenção de Equipamentos (Dimeq), a Prefeitura da UnB (PRC), a Coordenação de Protocolo do Arquivo Central (COP/ACE), a Biblioteca Central (BCE), a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), a Secretaria de Comunicação (Secom), além de diretorias e equipes dos campi Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilândia.

 

"Além da doação voluntária individual, outros parceiros institucionais deram sua colaboração. Destaca-se o trabalho dedicado do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), que reconfigurou os equipamentos doados e os colocou em condições plenas de uso pelos estudantes. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Banco do Brasil também doaram equipamentos que foram destinados aos estudantes selecionados. Esses parceiros foram centrais para a efetivação do Programa de Inclusão Digital da UnB", agradece Nina Gomes.

Alguns computadores foram enviados pelos Correios a estudantes fora do DF. Foto: Arquivo pessoal

 

Um dos principais desafios no processo foi o de levantar recursos, financeiros e materiais, para atender os alunos. Depois, também se mostrou complexo o trabalho de montar a logística de entrega dos equipamentos, considerando que vários estudantes que são de fora do DF voltaram para suas cidades de origem durante a pandemia.

 

Para alcançar os resultados esperados, a UnB contou com o apoio do Subcomitê de Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SSMAP/Coes), composto por professores, técnicos e estudantes, que passou a fazer contato com empresas privadas, embaixadas, órgãos públicos e de economia mista, visando obter doações de equipamentos que pudessem ser direcionados aos alunos. A contribuição do Banco do Brasil foi fundamental para que a instituição conseguisse contemplar ao máximo os estudantes que se inscreveram nos editais da DDS.

 

A UnB QUEM FAZ É A GENTE – Diante do contexto de pandemia de covid-19, a UnB tem mobilizado diversas ações para acolher sua comunidade e apoiá-la no enfrentamento às adversidades impostas no atual cenário. É nesse sentido que foi idealizada a campanha institucional A UnB quem faz é a gente, estratégia de comunicação que busca reconhecer, valorizar e incentivar a atuação coletiva na superação dos desafios em curso, bem como reunir informações sobre iniciativas, programas e serviços para orientar os segmentos universitários nestes novos tempos.

 

>> Conheça a campanha e saiba como se engajar

 

O enredo valoriza o componente humano, maior riqueza da UnB. E invoca o princípio de que a Universidade é feita por gente e para gente. Por isso, o cuidado com a vida e com o bem-estar das pessoas é o que conduz a instituição neste contexto atípico e desafiador.

 

 Assista ao vídeo da campanha:

 

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