UTILIDADE PÚBLICA

Curso desenvolvido a partir de pesquisa da UnB em parceria com ONG capacita para acolhimento de mulheres que vivenciaram tal situação

Curso está disponível para comunidade em geral. Linguagem é abrangente e abordagem compreensiva, permitindo que todos e todas possam ser também agente de mudança. Imagem: Reprodução/Ampara

 

Contribuir para a redução do estigma associado ao abortamento e prover acolhida e acesso ao cuidado digno, empático e de alta qualidade às mulheres que optam pela interrupção da gravidez em situações garantidas por lei. Estes são os objetivos do curso de Acolhimento de Pessoas em Situação de Abortamento e Pós-Abortamento, o Ampara, oferecido pela organização não governamental (ONG) Bloco A, que promove a disseminação de informações sobre o assunto a mulheres para que elas possam tomar decisões sobre sua própria saúde.

 

A formação nasceu de pesquisa desenvolvida pela Universidade de Brasília em parceria com a ONG, cujo intuito era tentar recuperar o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva de meninas e mulheres no país. Gratuito, com certificação e on-line, o curso traz, de maneira humanizada e com fundamentação teórica, formação para que o público possa aprender, do ponto de vista clínico, como utilizar medicamentos em casos de aborto legal e ampliar seus saberes sobre o tema.

 

O material disponibilizado é inovador, uma vez que não há nenhum outro no país direcionado a estudantes da área de saúde e profissionais que desenvolva, ao mesmo tempo, conhecimentos clínicos, jurídicos e comportamentais. "Ele inova primeiro porque aposta na capacidade inclusiva de um curso on-line. É mais abrangente e aposta nesses três pilares, incluindo também a dimensão ética", explica a professora da Faculdade de Direito da UnB e coordenadora científica do Bloco A, Janaína Penalva. Ela também atuou como revisora do conteúdo.

 

O curso define e esclarece questões importantes nos casos de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), oferece perspectivas atualizadas em relação à telessaúde e aborda de forma abrangente os temas do abortamento e do pós-abortamento no cuidado das mulheres, inclusive na atenção básica à saúde, não se restringindo aos serviços especializados.

Janaína Penalva coordenou a pesquisa na UnB que deu origem ao curso on-line. Foto: Divulgação

 

Janaína avalia que se trata de uma formação especialmente útil para quem cursa graduação na área de saúde, em que se costuma tratar conteúdos sobre saúde da mulher de forma mais concentrada. "São vários os temas abordados, e os professores precisam calibrar os conteúdos. Esse material já é direcionado, está pronto e é confiável", afirma.

 

Com linguagem fácil, o curso, oferecido inicialmente aos estudantes de Medicina e Enfermagem em setembro e outubro deste ano, está aberto ao público a partir desta terça-feira (9). Interessados em participar devem se cadastrar no site do Bloco A e se inscrever gratuitamente.

 

SURGIMENTO – Docentes das faculdades de Direito, Medicina e Ciências da Saúde da UnB estiveram envolvidas na pesquisa que resultou na atividade. A primeira etapa consistiu na aplicação de questionários a estudantes de Medicina e Enfermagem, para compreender suas habilidades e conhecimentos em relação ao abortamento.

 

As questões passavam por aspectos do ponto de vista clínico, jurídico e de comportamento. "Este último, por exemplo, tentava avaliar o nível de bioética que um estudante compreende em termos de comportamento de estigma em relação ao atendimento de mulheres em situação de abortamento", detalha Janaína, que coordenou a pesquisa.

 

Além de incentivarem os estudantes a participarem da primeira etapa (o pré-teste), as pesquisadoras envolvidas também apontaram questões fundamentais para os cursos da saúde e se comprometeram a ministrar conteúdos no futuro. "Isso é muito importante porque o aborto é tema de saúde pública e de direito. Teremos um conteúdo permanente e de qualidade para qualquer interessado ou interessada", reforça.

 

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