O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) aprovou, nesta quinta-feira (9), uma proposta de regularização dos semestres letivos. O novo calendário, que tem o objetivo de equilibrar o andamento acadêmico, civil e fiscal, foi aprovado por 32 votos a favor e duas abstenções.
A proposta aprovada prevê a realização de semestres com no mínimo 90 dias (2022), voltando aos semestres de 100 dias no 2023.1 e 2023.2. Os períodos de férias entre os semestres serão de, no mínimo, 30 dias. Haverá recesso de 23 de dezembro de 2022 até 2 de janeiro de 2023.
Início | Fim | Duração | Recesso | |
2022.1 | 06/jun | 24/set | 95 | 30 dias |
2022.2 | 25/out | 18/fev | 90 | 37 dias |
2023.1 | 28/mar | 25/jul | 100 | 30 dias |
2023.2 | 25/ago | 23/dez | 100 |
A proposta inicial foi apresentada na reunião anterior do Conselho e avaliada pelas unidades acadêmicas, que teceram suas considerações. A partir dos pontos apresentados, foi construída uma sugestão que, durante a discussão dos membros do conselho, se apresentou como a mais consensual.
De acordo com a proposta apresentada, o primeiro semestre de 2023 já acontecerá em harmonia com o calendário civil, corrigindo o descompasso dos semestres.
“Agradeço esse esforço dialógico das unidades e do Cepe e de termos conseguido tomar essa decisão pelo caminho do consenso, levando em consideração, dentro do possível, todas as análises apresentadas”, comemorou o vice-reitor Enrique Huelva.
SAÚDE MENTAL – A preocupação com a saúde mental de professores e estudantes também apareceu durante as discussões. Se por um lado, há o receio de que um intervalo de 30 dias entre semestres seja considerado curto e acentue o sofrimento emocional de alunos e professores, no entendimento do Decanato de Ensino de Graduação (DEG), a correção no descompasso do calendário é urgente, e a proposta traz previsibilidade em momento de incerteza.
“Incertezas sobre a formatura e planos pessoais também são motivo de adoecimento. Sabemos que é cansativo, mas temos que pesar o custo-benefício”, defendeu o decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira.
HETEROIDENTIFICAÇÃO – Na mesma reunião, foi apresentada a minuta de implementação da Coordenadoria Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ações Afirmativas (COPEAA), demandada ao Cepe pelo Conselho Universitário (Consuni).
A professora Dione Moura, diretora da Faculdade de Comunicação (FAC), e o professor Joaze Bernardino Costa, do Departamento de Sociologia (SOL/ICS), fizeram uma apresentação do histórico de implantação da política de ações afirmativas da UnB. E demonstraram a necessidade da existência da coordenadoria, para evitar processos mais drásticos de cassação de diplomas por fraude, por exemplo.
“Os resultados das políticas de cotas já estão sedimentados, já são concretos e é papel do Cepe que tenhamos ações protetivas para assegurar os direitos”, destacou a professora Dione.
Desde 2012, a UnB não realiza heteroidentificação de alunos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas porque a legislação atual não determina a realização deste tipo de confirmação.
O texto será discutido pelas unidades acadêmicas e voltará ao Cepe para votação na próxima reunião, que deverá acontecer em janeiro de 2022.
Confira a 635ª reunião do Cepe:
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