RECONHECIMENTO

Gamificação nas aulas é desenvolvida desde 2019 por professor do Instituto de Psicologia (IP)

Os estudantes Sabrina Lima, Arthur Burity Rosa, Stephanie Braz e o professor Domingos Sávio foram pessoalmente receber a premiação do Sebrae. Foto: Arquivo pessoal

 

Imagine entrar em contato com conceitos da psicologia relacionados a processos de aprendizagem vivendo um personagem de RPG, um jogo em que cada pessoa vive um papel imaginário? Esta é uma realidade vivida por estudantes de diversos cursos da Universidade de Brasília (UnB) nas disciplinas Tópicos em Aprendizagem, Aprendizagem no Ensino e Psicologia da Aprendizagem.

 

A abordagem inovadora acaba de ficar em segundo lugar no Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, promovido pelo Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Comandadas pelo professor Domingos Sávio Coelho, do Instituto de Psicologia (IP), as disciplinas em forma de jogo começaram a acontecer em 2019, pouco antes do início da pandemia de covid-19.

 

Para participar das aventuras propostas nos jogos, os estudantes se inscrevem em uma página na internet e escolhem qual narrativa querem vivenciar. Todo o conteúdo da disciplina será apresentado nas situações do game. “O texto didático é todo pensado para dar informação para o estudante sobre como aquele conceito pode ser usado num contexto de jogo”, explica Domingos Sávio Coelho.

 

Os universos imaginários variam desde cenários apocalípticos, mundos com ciborgues carnívoros ou universos de bonecas. O importante é que o estudante consiga vivenciar as experiências propostas naquele universo criado pelo narrador, que é um estudante monitor da disciplina. Atualmente, o trabalho conta com cerca de 20 estudantes, entre bolsistas e voluntários.

 

O contato com o RPG veio por meio de uma estudante. “Eu nunca tinha tido contato com o RPG, até que a Stephanie Braz, uma estudante de Farmácia, fez uma performance de trabalho final da disciplina vestida de fada e narrando uma história. Eu perguntei a ela o que era aquilo e ela me explicou o que era o RPG”, relembra Domingos, que contou com o apoio de Stephanie para aprender a jogar e formar outros jogadores.

 

Totalmente ambientadas virtualmente, as disciplinas não precisaram de nenhuma adaptação quando veio a pandemia e o ensino remoto. “Desde antes da pandemia a gente já utilizava aplicativos que podiam ser utilizados remotamente. Alguns alunos, às vezes, já começavam a participar da aula de dentro do ônibus a caminho da Universidade”, explica o professor.

 

INCLUSÃO – Para além da inovação trazida por meio da gamificação, outro forte componente defendido por Domingos é a inclusão de pessoas com deficiência, como pessoas surdas e surdocegas. “Estamos em contato com pessoas da computação para adaptar um dispositivo para estudantes surdos e surdocegos que querem narrar as histórias.” Com essas adaptações, os efeitos sonoros serão transformados em táteis. A expectativa é de que esse novo formato esteja concluído até o final do ano.

 

Mesmo sem as adaptações para efeitos sonoros terem saído do papel até o momento, a participação de estudantes com deficiências é uma realidade. Como é o caso de Natália Basílio, do oitavo semestre do curso de licenciatura em Língua de Sinais Brasileira/Português como Segunda Língua.

 

Na Semana Universitária de 2021, Natália apresentou uma sessão de RPG narrada por ela. Também já levou a experiência, que é apoiada pelo Decanato de Extensão (DEX), para eventos fora do país.

 

Confira:

 

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