GESTÃO

Melhorias na acessibilidade do prédio da Faculdade de Direito foram principal pauta do encontro

Reitora ouviu as solicitações da comiunidade da FD. Imagem: Reprodução

 

A reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão, reuniu-se, na última sexta-feira (16), com estudantes, docentes e técnicos da Faculdade de Direito (FD). A necessidade de acessibilidade no prédio da faculdade dominou a pauta do encontro e foi apresentada como uma necessidade pelos diretores da unidade e também pelos estudantes da FD. 

 

O diretor da Faculdade, Othon de Azevedo, iniciou a reunião falando das melhorias feitas no prédio da Faculdade durante a pandemia e sobre as necessidades de mudanças na estrutura física do prédio para que ele se torne acessível. “É algo do que a comunidade se ressente bastante, algo que foi amenizado pela pandemia, mas que teremos que ter feito quando as atividades voltarem ao formato presencial”, disse. 

 

Luísa Fonseca, representante do centro acadêmico de Direito (Cadir), reiterou a necessidade de que se priorize a construção de uma rampa, pisos táteis e manutenção para o funcionamento adequado do elevador da FD. “Não basta fazer com que os estudantes entrem na Universidade. A gente precisa garantir que as pessoas com deficiência permaneçam na Universidade”, afirmou a estudante. 

 

Sobre a adequação de elevadores, a vice-diretora da FD, Daniela Moraes, relatou que existe parecer favorável do autor do projeto arquitetônico do prédio para a utilização do elevador em vez da construção da rampa, o que seria economicamente mais viável. Ressaltou que ele precisa funcionar adequadamente.

 

A prefeita-substituta, Ana Cristina Silva, esclareceu que este ano foi feita manutenção no elevador da Faculdade e que ele se encontra em funcionamento. Informou ainda que a prefeitura reformou o Cadir e realizou diversas ações de manutenção no prédio, sob orientação do Ccar, que coordena as ações para o retorno às atividades presenciais.

 

A estudante Millena Moraes, que tem paralisia cerebral, alertou para a impossibilidade de usar elevadores em caso de falta de energia elétrica e incêndios. Millena vive na Casa do Estudante com a mãe e a irmã adolescente, após decisão histórica que permitiu à família da estudante permanecer na CEU. Em momento de muita emoção, a mãe de Millena, Jocília Silva, agradeceu a decisão da procuradoria – representada pelo procurador-chefe da UnB, Tiago Coutinho, na reunião –, que permitiu a elas continuar na Universidade. “Peço desculpa para entrar nesta reunião, mas eu tenho muito o que agradecer porque vocês permitiram que nós mudássemos de vida”, afirmou a mãe da estudante.

 

ALÉM DA ESTRUTURA – Nem todas as adequações de acessibilidade apresentadas pelos estudantes envolvem mudanças na estrutura física da UnB. Para o estudante do quarto semestre Felipe Garret, que tem deficiência visual, numerações maiores nas salas de aula ou placas em braille seriam "de grande ajuda, bem como a colocação de faixas táteis nos degraus das escadas”.

 

A reitora Márcia Abrahão avalia que a aprovação da Política de Acessibilidade da UnB no Conselho de Administração (CAD) é uma sinalização positiva no caminho da solução dos problemas que a Universidade apresenta. “Alguns dos nossos prédios foram construídos em uma época em que não se tinha sensibilidade para estes temas. Nós estamos mudando esse pensamento agora”, disse a reitora. 

 

A Diretoria de Acessibilidade (Daces) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) atua na elaboração de políticas permanentes de atenção às pessoas com deficiência e/ou necessidades educacionais específicas. Sinara Zardo, diretora dessa unidade, anunciou que o cadastro de todos os estudantes com deficiência da UnB já foi realizado no Sigaa.

 

“Agora, quando o professor entrar na sua turma, consegue saber quais estudantes são cadastrados na Daces. Recebe ali orientações sobre qual é o tipo de deficiência que o estudante tem e as formas de melhor atender de acordo com cada especificidade”, explicou.

 

OUTROS TEMAS – Questões referentes à cultura de ensino da FD também permearam a conversa, com destaque para o projeto pedagógico do curso de Direito, aprovado pelo conselho da FD em 2012, mas que sofreu muitas resistências para aprovação na Câmara de Ensino de Graduação. “Outras universidades já estão adotando partes do nosso projeto pedagógico. Agora, nós não somos mais a vanguarda disso”, lamentou a professora Loussia Félix.

 

Sobre conclusão de obras, o diretor Othon de Azevedo pediu especial atenção para o término das obras de recuperação do prédio do Núcleo de Práticas Jurídicas. “Por se tratar de emenda parlamentar, este é o último exercício que temos para executar essas obras”, detalhou.

 

Na próxima sexta-feira (23), a administração superior vai se reunir com a comunidade do Instituto de Ciências Sociais (ICS), em mais uma rodada de visitas virtuais às unidades acadêmicas.

 

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