Segue até sábado (24) a programação virtual da 73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC). Neste ano, o mote do evento já tradicional no calendário científico e acadêmico no país reforça como Todas as ciências são humanas e essenciais à sociedade. A Universidade de Brasília marcou presença nas atividades logo em um dos primeiros painéis, ainda na segunda-feira (19). A reitora Márcia Abrahão, ao lado de gestores da UFMG, da UFBA e da UFPR, participou de debate com o tema Universidade pública e a pandemia de covid-19: produção de conhecimento para o benefício da sociedade. O encontro foi transmitido pelo canal da UFJF no YouTube, que abriga parte das programação, juntamente com o canal da SBPC no YouTube.
Primeira convidada a participar, a reitora Márcia Abrahão destacou como as universidades têm tido papel essencial no combate à pandemia, não deixando, mesmo assim, de cumprir seu trabalho na formação de profissionais de qualidade. “A nossa maior missão é formar pessoas para a sociedade e para a ciência. As nossas universidades não pararam em nenhum momento da pandemia. Tivemos que suspender as atividades presenciais, mas as pesquisas não pararam”, relembra, sobre o quadro nacional iniciado em março de 2020.
A gestora apresentou dados sobre o desempenho científico e acadêmico da Universidade de Brasília no último ano e meio. Na área das pesquisas, foram aprovados cerca de 200 mil projetos, embora nem todos tenham contado com financiamento para avançar. Entre os mais notáveis, destaca-se a parceria da UnB com o Instituto Butantan nos testes da vacina CoronaVac, uma das mais aplicadas no Brasil. Para reforçar o papel fundamental das universidades públicas na inovação, Márcia Abrahão expôs que 76% dos registros de propriedade intelectual do país vêm dessas instituições, em especial as federais, e frisou a importância da luta pela liberdade intelectual e autonomia das instituições de ensino superior.
Na seara acadêmica, a reitora detalhou que, no momento, a UnB realiza pesquisas de cunho social com o objetivo de avaliar as melhores condições de retomada, não só do regime presencial, mas do ensino em geral, considerando que lições aprendidas na pandemia se tornarão permanentes. “Não estar no sistema presencial traz muitas perdas, mas neste momento a prioridade é salvar vidas”, garantiu.
Márcia Abrahão contou que desde o ano passado a UnB já entregou 3 mil computadores a alunos em vulnerabilidade, distribuiu 3 mil auxílios emergenciais e promoveu treinamentos para preparar os professores para o modelo remoto.
“Mesmo com toda dificuldade, conseguimos formar quase 5 mil estudantes de graduação, 1.600 mestres e 670 doutores", enumerou, destacando que, além das colações de grau regulares, houve a formação antecipada de estudantes da área da saúde, tudo em prol de colaborar para a contenção da pandemia do Sars-Cov2.
EU FAÇO CIÊNCIA – A Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência existe desde o dia 8 de julho de 1948, data que, futuramente, seria definida como Dia Nacional da Ciência, com a intenção de dar força e visibilidade à comunidade científica. Atualmente, uma das principais bandeiras da instituição é a luta por uma educação de qualidade e para todos.
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Durante a 73ª reunião anual, a SBPC convida os participantes e apoiadores do conhecimento científico em geral a participarem da campanha Eu Faço Ciência, promovida nas redes sociais. A ideia é dar visibilidade a cientistas, pesquisadores e defensores da ciência, além de mostrar para a comunidade como esse conhecimento está presente no cotidiano.
Para fazer parte, basta usar a hashtag #EuFaçoCiência, juntamente com uma das oficiais da iniciativa (#SBPC2021, #SBPCnaUFJF ou #TodasAsCiênciasSãoHumanas) ao compartilhar sua participação nas atividades, destacar uma vivência com a ciência ou divulgar um projeto/pesquisa.
Assista ao painel Universidade pública e a pandemia de covid-19: produção de conhecimento para o benefício da sociedade, com os gestores da UnB, Márcia Abrahão, da UFMG, Sandra Goulart Almeida, da UFBA, João Carlos Salles, e da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca:
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.
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