A Universidade de Brasília (UnB) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) assinaram um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 2,9 milhões para o desenvolvimento do projeto Open RAN Brasil. A cerimônia ocorreu na sexta-feira (17).
O Open RAN reúne tecnologias com grande potencial para contribuir com a democratização do acesso ao 5G. Essas tecnologias são essenciais para permitir inovações a velocidades e abrangências inéditas.
A pesquisa irá identificar se há necessidade de adequação do modelo regulatório da Anatel relativo à implantação do Open RAN no Brasil e os possíveis impactos na economia. Um dos objetivos é encontrar formas para aumentar a flexibilidade e a eficiência de custos para infraestrutura de telecomunicações, em especial do 5G.
“O 5G pode levar a sociedade a níveis de produção elevados, com aplicabilidade na produção agropecuária, em escala industrial, na segurança pública e na saúde”, exemplifica o coordenador do projeto, professor Paulo Portela, da Faculdade de Tecnologia.
O projeto, conduzido pelo Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações (Ccom) da UnB, realizará dez estudos em três eixos: tecnológico, econômico e regulatório relacionados ao Open RAN.
“Os estudos irão permitir a compreensão de conceitos e fundamentos do Open RAN e fortalecer o ecossistema de telecomunicação no Brasil. O setor como um todo será beneficiado, prestadores e usuários”, disse o presidente da Anatel, Raphael de Souza.
Para a reitora Márcia Abrahão, a cooperação vem em um momento em que a importância da tecnologia da informação e comunicação ficou ainda mais evidente. “Agora, na pandemia, vimos como nós temos que avançar e pensar à frente do tempo. Estou muito esperançosa com essa parceria. Trabalhamos com a Anatel em outros projetos e tivemos ótimos resultados”, disse a reitora.
As atividades com a Agência também foram lembradas pelo diretor do Ccom da UnB, professor Marcio Iorio. “Nosso grupo de pesquisa tem mais de 20 anos. É um centro interdisciplinar que envolve as áreas de comunicação, direito, economia e tecnologia da UnB. Uma das nossas mais profícuas parcerias é com a Anatel”, contou.
DESAFIOS – O Open RAN tem o desafio de garantir a interoperabilidade de componentes de rede independente do fabricante, de garantir o alto desempenho, a confiabilidade e a densidade de conexões, típicas das redes 5G. Há, ainda, o desafio de assegurar a segurança das redes que serão desenvolvidas. Do ponto de vista econômico, o Open RAN representa o uso eficiente de recursos, devendo acarretar em redução de preços aos usuários finais.
Há, ainda, desafios regulatórios. O Open RAN traz conceitos de redes abertas com ênfase no emprego de software aberto, que geram questões ligadas à propriedade intelectual. Além disso, será necessário garantir que todo o arcabouço legal esteja adequado ao aparecimento dessas tecnologias.
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