UnB EM AÇÃO

Na última semana, o país atingiu o maior número de mortes em 24 horas desde o início da propagação da covid-19

Boletim está de cara nova e trará novos conteúdos sobre os cenários epidemiológicos no DF. Imagem: Reprodução/Boletim Coes

 

O Boletim Coes está de volta em 2021 com novidades. Reformulado, o informativo do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da Universidade de Brasília passa a ser quinzenal e incluirá novas análises sobre a situação sanitária, além de continuar a destacar as ações da instituição de combate à pandemia de covid-19 no Distrito Federal e no Brasil.

 

"O boletim, agora, tenderá a tratar principalmente dos cenários epidemiológicos, utilizando as fontes de dados oficiais analisados por especialistas do Coes, em colaboração com a Sala de Situação da UnB, assim como as predições de cenários para o DF", declara o presidente do Coes e professor da Faculdade UnB Ceilândia (FCE), Wildo Navegantes.

 

>> Leia a íntegra da nova edição do Boletim Coes

 

"Além disso, deveremos ter inserções de conteúdos relacionados às preocupações com a pandemia, a exemplo de informações sobre as variantes de Sars-Cov-2, vacinas e suas características de uso no Brasil e no mundo, e vigilância de medicamentos incorretamente usados no país para covid-19 e seus efeitos", completa.


A expectativa é que o boletim possa orientar a comunidade acadêmica para além de questões relacionadas aos cuidados com a covid-19 e sirva como material de pesquisa. "Desejamos que seja um produto que possa ser indexado como referência bibliográfica, e para tanto, vamos buscar como torná-lo periódico e sistemático", detalha Navegantes.

  

PANDEMIA NO DF – Atualmente, o DF tem a quinta maior taxa de mortalidade por covid-19 no país, atrás de Amazonas, Rio de Janeiro, Roraima e Mato Grosso. São 5.145 mortes e quase 320 mil infectados. Com o sistema de saúde perto do colapso, as autoridades locais decretaram o fechamento de serviços não essenciais e toque de recolher, como forma de diminuir a disseminação da doença. No entanto, segundo especialistas, as medidas tomadas ainda são pouco eficazes para frear a contaminação.

 

>> Saiba mais: Observatório da UnB projeta cenários sobre crise da saúde no DF em decorrência da pandemia

 

As regiões administrativas com maior incidência de casos são Plano Piloto, Lago Norte, Lago Sul, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Varjão, Taguatinga, Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Riacho Fundo, Águas Claras e Gama.

 

PANDEMIA NO BRASIL – Desde a última edição publicada no fim do ano passado, o boletim alertava que, apesar da aparente queda à época no número de mortes e internações causadas pelo novo coronavírus, o afrouxamento na adoção de medidas sanitárias, como o distanciamento social, e as aglomerações durante as celebrações de Natal, Ano Novo e Carnaval eram fatores de risco alto e poderiam causar o recrudescimento da doença no Brasil.

 

Além disso, a inércia dos governantes na esfera estadual e federal no enfrentamento à pandemia também poderia refletir no avanço das infecções. Infelizmente, todas estas previsões se concretizaram e, nesta semana, o Brasil atingiu o recorde de mortes por covid-19 em 24 horas: na quarta-feira (10), o país contabilizou 2.349 óbitos, que se somam às quase 280 mil vidas perdidas para a doença.

 

Nesta segunda-feira (15), a média móvel de mortes nos últimos sete dias estava em 1.855, com variação positiva de 46% em 14 dias. A média de mortes está em alta na maioria dos estados e o Distrito Federal, com exceção de Bahia (em estabilidade), Rio de Janeiro e Amazonas (em queda). Como resposta a esta alta no número de casos e mortes, muitos governantes estaduais têm determinado a adoção do isolamento social e o fechamento de comércio não essencial, ao mesmo tempo em que esperam por mais doses das vacinas contra covid-19.

 

VACINAÇÃO – Os números mais recentes apontam que 10.081.771 pessoas já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil, o que representa 4,76% da população. Destes, 3.672.422 também já foram vacinados com a segunda dose (ou 1,73% da população brasileira). Estão sendo usadas duas vacinas no país: a Coronavac, desenvolvida pela empresa Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, e a de Oxford, fruto da parceria da AstraZeneca com a Universidade de Oxford (Reino Unido) e fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

As vacinas mostraram-se eficazes em diminuir o risco de infecção e prevenir formas moderadas e graves da doença, mas necessitam de algumas semanas para uma resposta imunológica adequada. Dessa forma, é fundamental que a população siga com as práticas de distanciamento e isolamento social, uso de máscaras e higienização das mãos

 

SAÚDE MENTAL NA PANDEMIA – Levando em conta o aumento de demanda por atendimentos em saúde mental durante a pandemia de covid-19, o subcomitê de Saúde Mental e Apoio Psicossocial do Coes, por meio de um plano de contingência com ênfase em saúde mental, tem proposto acompanhamentos individuais e grupais, além de ações psicossociais para o enfrentamento da pandemia entre a comunidade universitária e externa. 

 

Informações sobre como acessar os serviços podem ser buscadas pelo site da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu/DAC) ou solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

*Dados sobre a pandemia atualizados depois do fechamento desta edição do Boletim Coes

  

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