Pensando em ampliar a participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, a Universidade de Brasília (UnB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram, nesta quarta-feira (30), em sessão solene, um termo de cooperação com foco na inclusão e empregabilidade da comunidade universitária com deficiência.
“Este acordo de cooperação certamente vai aprimorar as ações de inclusão na nossa comunidade. Também dará condições de empregabilidade para esses estudantes", afirmou a reitora da UnB, Márcia Abrahão. “Tenho certeza de que será uma parceria muito profícua e de que seremos exemplo para outras instituições em todo o Brasil.”
Entre as ações previstas na cooperação estão o estabelecimento de um banco de currículos e a divulgação de vagas de emprego e estágio voltadas para pessoas com deficiência. Além disso, também estão planejadas campanhas e ações nos eixos de ensino, pesquisa e extensão.
Para a vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, a iniciativa trará visibilidade e acesso para estudantes com diversos tipos de deficiência. “Precisamos dar visibilidade à pessoa com deficiência, mas, sobretudo, fazer com que participe de todos os domínios da vida. Esse é o nosso objetivo com essa parceria.”
Atualmente, a UnB tem 431 estudantes cadastrados na Diretoria de Acessibilidade (Daces), vinculada ao Decanato de Assuntos Comunitários (DAC). Desses, 273 são estudantes com alguma deficiência e 158 estudantes com transtornos funcionais específicos, como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade.
>> Veja também: UnB reforça compromisso em garantir acessibilidade para pessoas com deficiência
A diretora de Acessibilidade da UnB, Sinara Zardo, destaca que os obstáculos relacionados ao preconceito também precisam ser transpostos. “Nosso objetivo é eliminar barreiras de acesso ao mundo do trabalho e barreiras atitudinais, discriminatórias e preconceituosas que historicamente colocam as pessoas com deficiência à margem da sociedade."
Emanuel Holanda Barroso, formado pela UnB, convive com deficiências decorrentes de uma hidrocefalia que o acometeu quando bebê. No lançamento da parceria, ele falou sobre as dificuldades impostas pelo preconceito. “Antes, quase não confiavam em mim, diziam que eu não poderia aprender a ler e não teria autonomia nenhuma. Hoje, sou engenheiro de software concursado. Quando a gente aplica as ferramentas e se aceita como a gente é, as coisas vão”, destacou Emanuel.
O termo celebrado entre UnB e MPT tem validade de 36 meses, podendo ser renovado caso haja interesse entre as partes. Outras instituições também podem aderir e colaborar com a parceria.
Assista ao evento completo:
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