Em três anos, a Universidade de Brasília (UnB) quase dobrou o seu Índice de Governança e Gestão (IGG) do Tribunal de Contas da União (TCU). A instituição marcava, em 2018, 44% no IGG; em 2021, o índice passou para 82%. Ao todo, 378 instituições passaram pela autoavaliação obrigatória. Foram avaliadas cinco áreas de governança e gestão: organizacional; de pessoas; de segurança e da tecnologia da informação; de contratações; e orçamentária.
De acordo com os dados disponibilizados pelo TCU, a UnB está entre as dez melhores instituições de ensino superior autoavaliadas. Para a reitora Márcia Abrahão, o resultado reflete uma série de ações bem-sucedidas de governança e gestão feitas nos últimos anos pela Administração. “A Universidade de Brasília melhorou em todos os indicadores. Essa ferramenta ajudou a aprimorar a governança, nossos planejamentos institucionais, a gestão de riscos e os controles internos da UnB”, diz.
As áreas que mais pontuaram na UnB foram no IgovOrç (índice de governança e gestão orçamentária) e no IgovPub (índice de governança pública), ambos com 91%. “A iniciativa do TCU vem para contribuir com a maturidade da governança nas instituições públicas. A UnB avançou muito. Isso reflete o esforço da gestão e demonstra que a agenda da governança é uma prioridade institucional”, afirma o auditor-chefe da UnB, Abimael Costa. Para ele, as evidências apresentadas pela Universidade para comprovar a governança foram essenciais para o bom resultado apresentado no índice de avaliação do TCU. A Universidade deve continuar registrando essas evidências em documentos públicos.
A autoavaliação orçamentária entrou no questionário do Tribunal neste ano. A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, considera essencial a inclusão da área orçamentária na avaliação. “Mais ainda no cenário de crescente escassez orçamentária e de desafios econômicos e sanitários enfrentados pelo país, quando eficácia e eficiência na gestão pública são cada vez mais imprescindíveis”, ressalta.
Nos últimos anos, a UnB implementou diversas melhorias para o controle interno, como a aprovação do regimento interno da auditoria interna, a política de integridade e de gestão de riscos e ações, aperfeiçoamentos nos processos de contratação em geral e de equipamentos e serviços de tecnologia de informação, entre outros. Imbroisi também destaca o trabalho das equipes da UnB, sob coordenação da Diretoria de Planejamento do DPO, de avaliação dos resultados do IGG 2018 para orientar os processos de melhoria na Universidade, sempre com foco no aperfeiçoamento contínuo da governança institucional.
COMPARATIVO – Os indicadores de gestão de pessoas foram os que apresentaram o maior crescimento na comparação entre 2018 e 2021. O índice de governança em gestão de pessoas da UnB, em 2018, ficou em 44%, já em 2021, passou para 89%. Esse índice mede os mecanismos de liderança, estratégia e controle colocados em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão.
Já o índice de capacidade de gestão avalia os modos de planejar, construir, executar e monitorar as atividades alinhadas com a direção estratégica estabelecida pela governança. O índice que mede a capacidade em gestão de pessoas marcava 32% (2018) e agora está em 88%.
A decana de Gestão de Pessoas, Maria do Socorro Gomes, atribui a melhoria dos índices a diversos fatores. Entre eles, a melhoria de comunicação e articulação da área de gestão de pessoas com as unidades administrativas e acadêmicas, a uniformização de procedimentos, garantindo a autonomia regimental e das instâncias decisórias da Universidade, além de soluções relacionadas à tecnologia da informação para a tramitação de processos, que garantiram a sua celeridade e efetividade nas respostas. “A manutenção de programa permanente de desenvolvimento de pessoas com a oferta de capacitações anuais, cada vez mais alinhadas aos desafios estratégicos da UnB, também contribuam de forma estrutural”, destaca a decana.
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