BALANÇO

Entre os avanços da Universidade estão modernização de sistemas, internacionalização acadêmica e ganhos em pesquisa e inovação

Confira abaixo um balanço dos êxitos da Universidade nos últimos quatro anos Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

Em quatro anos muita história pode acontecer. Na Universidade de Brasília, o período marca a transição ou continuidade de uma gestão, quando sua comunidade indica, por meio de consulta informal, um representante máximo. No último dia 27, mais um ciclo foi iniciado, com a recondução de Márcia Abrahão ao cargo de reitora. Para começar o novo quadriênio (2020-2024), a Secretaria de Comunicação (Secom) traz um panorama dos desafios e conquistas institucionais entre 2016 e 2020.

 

>> Confira: Márcia Abrahão fala sobre conquistas do primeiro mandato e desafios para mais quatro anos

 Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

A criação do programa Simplifica UnB trouxe a instituição, de vez, para o século 21. A Universidade tornou-se pioneira entre as federais do país na implantação do diploma digital, somando mais de 17 mil emissões desde agosto de 2018. O registro acadêmico agora é totalmente on-line e diversos documentos da vida estudantil que antes só eram emitidos presencialmente estão disponíveis pela internet.

 

O Sistema de Gestão Integrada (SIG-UnB) reuniu, em uma única plataforma on-line, ferramentas mais modernas para demandas acadêmicas e administrativas. A solução foi fundamental para a UnB seguir ativa durante a pandemia, por ter substituído sistemas antigos cujo acesso se dava apenas em computadores de dentro da Universidade. 

 

Antes do SIG-UnB, somente a parte acadêmica somava 21 diferentes plataformas para gestão de dados. A transição para o novo sistema foi realizada integralmente pelos servidores da casa, sem necessidade de contratar empresa externa. Para o ensino remoto, somadas as plataformas já disponíveis, a UnB lançou a ferramenta Aprender 3, cadastrando mais de 40 mil alunos e quase 3 mil professores no sistema.

 

A tramitação de projetos ficou mais ágil com a criação da Câmara de Projetos, Convênios, Contratos e Instrumentos Correlatos (Capro). Se, antes, os processos chegavam a demorar um ano para serem concluídos, em 2019 o tempo foi reduzido para três meses e meio. A arrecadação da Universidade com os projetos saltou mais de 80% desde então: de R$ 101,1 milhões em 2018, atingiu R$ 186,7 milhões em 2019. 

 

A instalação de usinas de energia solar nos quatro campi diversificou a matriz energética da UnB e trouxe ganhos ambientais e econômicos. Os avanços em sustentabilidade incluem a criação da Secretaria do Meio Ambiente (SeMA), que fomentou o cumprimento de 73% das metas estabelecidas no Plano de Logística Sustentável – a exemplo da redução, entre 2017 e 2019, de 32,5% no consumo de resmas de papel e de 80% para toners e cartuchos.

 

A Biblioteca Central (BCE) inaugurou um sistema de automação de processos. A solução permite identificar as obras do acervo por radiofrequência, proporcionando maior segurança do patrimônio, além de facilitar procedimentos de empréstimos e devoluções. 
Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

Os esforços para fortalecer e projetar a Universidade em nível mundial foram consolidados no primeiro Plano de Internacionalização da UnB. A instituição também foi selecionada para integrar o programa Capes-PrInt. Foram estabelecidas novas parcerias com universidades da Coreia do Sul, Chile, Bélgica, Canadá, Argentina, China e de outros países. Entre 2016 e 2020, foram assinados 1.042 acordos com instituições do país e do exterior. Além disso, a instituição passou a integrar a Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), o que contribuiu para ampliar a relação com universidades de países da América do Sul. 

 

A UnB recebeu pesquisadores do exterior e divulgou oportunidades à sua comunidade no Fórum e Feira de Internacionalização (FIF). Firmou também acordo científico e cultural com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e acordo de cooperação com as Nações Unidas. Inaugurou a Casa Franco-Brasileira da Ciência, sediada no prédio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).

 

Com a criação do Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), passou a dedicar atenção especial à temática. A unidade formulou a primeira Política de Inovação institucional e lançou a plataforma UnB Pesquisa, que reúne informações sobre pesquisadores, produção científica, ativos de propriedade intelectual, entre outras. O acesso à informação também foi fortalecido com três novas ferramentas de busca sobre laboratórios, centros, núcleos e grupos envolvidos no fazer científico.

 

A UnB também aprimorou a relação com o setor produtivo. Até 2016, a instituição protegia uma média de 12 tecnologias por ano. Nos últimos três anos, foram 144. No mesmo período, 48 tecnologias foram licenciadas. Para se ter uma ideia, ao longo de 30 anos (de 1986 e 2016), foram apenas 13. 

 

Houve ampliação na oferta de bolsas de iniciação científica, com aumento de 15% no quantitativo pago com recursos próprios. O número de orientadores com alunos bolsistas cresceu 44%: de 705 em 2016, para 1020 hoje. A UnB também passou a receber mais bolsas da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF): até 2018 eram 300 por ano, a partir de 2019 passaram a ser 352.  

 

A Universidade subiu na classificação de importantes rankings nacionais e internacionais. É o caso das avaliações feitas pela Times Higher Education (THE), que traz a UnB entre as melhores da América Latina, na 14ª posição; como a nona melhor do país; e como a melhor em pesquisa e internacionalização entre as federais no ranking Golden Ages. O resultado também foi positivo nas avaliações do QS World University Rankings, da Folha e do Webometrics Ranking of World Universities.

 

O acesso à pós-graduação está mais inclusivo e representativo com a aprovação de política de ação afirmativa que destina, em cursos de mestrado e doutorado, 20% das vagas de cada edital a candidatos negros e cria pelo menos uma vaga adicional para indígenas e uma para quilombolas. A regra passa a valer a partir do primeiro semestre de 2021 e se aplica a todas seleções de programas de pós-graduação stricto sensu. Além da reserva de vagas, a política prevê estratégias para garantir a permanência estudantil, priorizando a concessão de bolsas para indígenas, quilombolas e negros, nessa ordem.

Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

Além dos ganhos com a construção de usinas de energia solar, os quatro campi receberam edificações, obras e reformas que tornam sua infraestrutura mais moderna e robusta. O Conselho de Administração aprovou um plano de obras, após debate junto à comunidade sobre critérios de priorização.

 

Ao menos 20 obras e reformas foram concluídas. Entre elas: dois prédios da Unidade de Laboratórios de Ensino de Graduação – Uleg/FS e Uleg/FT – ; o prédio da Engenharia Florestal; o Laboratório de Desenvolvimento de Transportes e Energias Alternativas (LDTEA) e o Laboratório de Inteligência Artificial (AI-LAB), no campus do Gama; o Observatório Astronômico Luis Cruls, na Fazenda Água Limpa (FAL); novo mezanino e melhorias em salas de aula da Faculdade de Educação Física (FEF); novos sanitários para pessoas com deficiência; espaço de convivência e academia na Casa do Estudante Universitário (CEU); outras reformas e obras

 

A criação do Comitê de Segurança da UnB trouxe novas estratégias para tornar a Universidade mais segura, como a instalação de 445 câmeras e a criação de uma central de videomonitoramento em funcionamento 24 horas por dia, operada por equipe de vigilância. As medidas possibilitam reduzir em 86% as ocorrências de furto e roubo no campus Darcy Ribeiro entre janeiro e setembro de 2018 e de 2019. 

Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

Novas iniciativas e serviços aproximaram a instituição da sociedade. No ano passado, a UnB inaugurou polo de extensão no Recanto das Emas. Em 2018, foi assinado acordo de cooperação com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) que fortalece as ações de extensão na Cidade Estrutural. 

 

A Universidade implementou a iniciativa UnB perto de você, que leva serviços, projetos e pesquisas da instituição a espaços públicos do Distrito Federal. Antes da suspensão das atividades presenciais na instituição por conta da pandemia de covid-19, a população passou a contar com o funcionamento da Biblioteca Central (BCE) por 24 horas em dias úteis – novidade implementada em 2019 – novas bases de dados no acervo. Com o atual cenário epidemiológico, a unidade teve que readequar seu atendimento ao formato remoto, dispondo de mais canais de comunicação e novos serviços.

 

A retomada da revista Darcy, publicação de jornalismo científico e cultural, ampliou o contato da comunidade de Brasília com a ciência que é produzida na Universidade. 

 

>> Saiba mais sobre o salto de modernização da UnB entre 2016 e 2018 

Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília precisou realizar, pela primeira vez em sua trajetória de quase 60 anos, um semestre letivo 100% em modo remoto. A demanda decorreu do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. A realização do semestre só foi possível com o apoio de docentes, estudantes e técnicos administrativos.

 

Diversas medidas institucionais foram adotadas no contexto da pandemia. A UnB instituiu o Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes), responsável pelo acompanhamento epidemiológico e por orientar as ações institucionais de contenção ao novo coronavírus. 

 

Centenas de projetos de pesquisa, extensão e inovação ao combate da covid-19 foram aprovados em chamadas públicas da UnB e cinco foram contemplados com R$ 6,5 milhões do Ministério da Educação. Para arrecadar recursos que viabilizem a continuidade dessas iniciativas, foi criado um fundo para doações a projetos de combate à covid-19.

 

Em função da suspensão de serviços presenciais, que incluem o Restaurante Universitário, 3.682 estudantes em vulnerabilidade socioeconômica receberam auxílio-alimentação emergencial e houve pagamento de auxílio transporte aos que quiseram voltar para suas cidades de origem. Editais de inclusão digital apoiaram 2.416 estudantes em vulnerabilidade socioeconômica na aquisição de computadores, seja por auxílio financeiro, empréstimo ou doação. Para viabilizar o acesso à internet, foram contemplados 994 discentes, nas modalidades de auxílio financeiro ou acesso a chip. 

 

A UnB estrutura a retomada gradual das atividades presenciais, com cautela com o cenário epidemiológico e diálogo com as unidades e comunidade acadêmica, por meio do Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (Ccar).

 

Mais informações sobre o esforço institucional para acolher sua comunidade e combater a pandemia estão sendo divulgadas no âmbito da campanha A UnB quem faz é a gente e no repositório Covid-19 UnB em ação.

 

Outra pauta que preocupou e mobilizou a comunidade universitária nestes quatro anos foi o enfrentamento da situação orçamentária, quadro que incluiu queda aproximada de 45% no orçamento de despesas discricionárias. Para contornar a questão, foi preciso cortar despesas. Houve redução em cerca de 15% no contrato do Restaurante Universitário (RU) e aprovação de nova política de subsídio. Foram ajustados contratos com empresas prestadoras de serviços, com consequente mobilização de terceirizados e estagiários, e realizados diálogo com a comunidade sobre as estratégias de enfrentamento à situação orçamentária. 

 

Mesmo em um cenário de dificuldades, o orçamento das unidades acadêmicas teve aumento de cerca de 38%, em média. A busca por apoio à instituição garantiu R$ 27,9 milhões provenientes de emendas parlamentares para o orçamento de 2020, quase 322% a mais em relação ao ano anterior. A Universidade também posicionou-se em relação ao Programa Future-se e defendeu a autonomia universitária e o ensino gratuito nas universidades públicas.

 

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